Auditores fiscais do DF Legal estão sendo investigados por suposto esquema de corrupção de R$2 milhões dentro da instituição. Nesta quarta-feira (30), o Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR) informou que oito endereços ligados aos indivíduos foram vistoriados nas regiões de Águas Claras, Taguatinga, Vicente Pires, Guará e na cidade mineira de Januária.
Sobre o caso, o DF Legal disse à Atividade News que os servidores investigados estão afastados até que as apurações sejam finalizadas. Até o momento, três inspetores foram suspensos e devem entregar seus distintivos e carteiras para análise. Em nota oficial, a instituição reforça que não compactua com crimes como este.
“ A Secretaria DF Legal informa que confia no trabalho da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e que tem colaborado, por meio da Secretaria Executiva de Inteligência e Compliance, nas investigações para apurar os indícios de irregularidades encontrados desde o primeiro momento. O trabalho da secretaria é pautado pela ética e transparência e esta não coaduna com qualquer tipo de ilícito que seja praticado por servidores”.
Esquema: modus operandi
O suposto grupo começou a ser monitorado em 2021 após indícios de que estariam cobrando propina de empresários para que não aplicassem multas e dificultasse processos dentro da instituição. Ao todo, os servidores teriam recebido cerca de R$2 milhões das vítimas do esquema.
Segundo o delegado Waldemar Tassara, a movimentação de dinheiro não possuía nenhuma comprovação. A falta de comprovantes teria aumentado as suspeitas da corporação. As investigações continuam para identificar possíveis vítimas e esclarecer o envolvimento dos servidores.
Caso sejam presos e julgados, devem responder pelos seguintes crimes:
- Corrupção passiva;
- Lavagem de capitais;
- Associação criminosa;
- Advocacia administrativa.