Na tarde desta terça-feira (7), um dos líderes do grupo de estelionatários que se passava por ministros da presidência foi preso em Pernambuco (PE). O suspeito identificado como José Gomes de Lima Neto, de 57 anos, confessou o esquema aos investigadores do caso no Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).
De acordo com as informações preliminares da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), José Gomes teria começado os golpes após notar que as pessoas poderiam ser mais acessíveis ou sujeitas a cair no golpe. O indivíduo fazia um levantamento sobre as autoridades de interesse para que o esquema parecesse o mais real possível para a vítima e que os depósitos fossem realizados.
“[Ele] pesquisava sobre a rotina dos políticos e anotava dados importantes, como cidades e órgãos visitados (agenda do dia), nomes dos assessores e chefes de gabinete”, detalhou a corporação a Atividade News. Ao se passar por alguma autoridade, pedia “ajuda” para que as vítimas ajudassem uma suposta pessoa que estaria precisando de ajuda devido o falecimento de um familiar.
O esquema era tão bem estruturado que José Gomes utilizava chips com números com o DDD 61 para passar a ideia de que se tratava de um ministro ou autoridade. As apurações, desta terça-feira (7), indicaram que, dentre uma semana de ligações, o golpe tinha êxito entre duas ou três vezes. Os valores pedidos às vítimas chegavam a R$ 2 mil.
Em depoimento à Polícia Civil do Estado de Pernambuco (PCPE), José Gomes teria dito que algumas vítimas chegaram a pedir empregos para ele ao acreditar no golpe. José Gomes é um dos outros indivíduos associados ao esquema Até o momento, os investigadores continuam procurando os demais suspeitos dentro do caso e buscando identificar mais vítimas do grupo.

