Um policial civil armado atirou contra funcionários terceirizados de uma empresa de telefonia que trabalhavam em uma rua de Vicente Pires, no Distrito Federal, nesta terça-feira (5).
O tiro acertou o pneu do carro dos funcionários e ninguém ficou ferido. Um vídeo feito por moradores mostra o policial com a arma em punho, logo depois do disparo
A Polícia Militar foi acionada e levou todos os envolvidos para a 8ª Delegacia de Polícia, na Estrutural. Em depoimento, o policial civil Paulo Cézar Rodrigues afirmou que estava almoçando em um restaurante e que foi alertado sobre um furto de bateria de transmissão de dados ali perto.
O policial conta que foi até o local e viu o carro dos trabalhadores, sem identificação de empresa, e que os dois homens estavam em atitude suspeita, retirando as baterias “com força e ignorância”, demonstrando não terem capacidade técnica para lidar com o equipamento. O agente disse que acionou a Polícia Militar quatro vezes pelo 190 e informou o que estava acontecendo.
Por causa da demora da PM, Paulo Cézar decidiu abordar os homens para evitar a fuga. O policial afirmou que se identificou, mas um um dos funcionários foi para cima dele.
Segundo o agente, por risco de vida, disparou no pneu do carro. Ele afirmou que depois do tiro um dos funcionários o xingou e também chamou a Polícia Militar.
‘Não se identificou’
Na delegacia, os funcionários afirmaram que são contratados pela empresa Sanlien, que presta serviço terceirizado para a operadora Oi. Um deles disse que estava apenas desligando a energia da caixa de telefonia, quando, de repente, o policial civil se aproximou com uma arma em punho acusando os prestadores de serviço de furto.
O funcionário afirmou ainda que o policial estava com roupa comum e que “em momento algum se identificou e também não pediu a identificação dos funcionários”.
Na tarde desta quarta-feira (6), a empresa Sanlien confirmou que os dois homens são funcionários da empresa e que o endereço onde tudo aconteceu estava dentro do cronograma de trabalho previsto. Segundo a Polícia Civil, ninguém foi preso, mas indiciou os dois prestadores de serviço por desacato e desobediência.
Fonte: G1