A deficiência da vitamina B12 (cobalamina) está cada dia mais presente e tem ligação com dois pontos que devemos entender: o primeiro é a crescente dificuldade para digestão de proteínas de origem animal, já o segundo é o baixo consumo desses mesmos alimentos. Como a vitamina B12 está presente, na maioria das vezes, nas proteínas de origem animal, como a carne vermelha, existe no final uma conta que não fecha, isto é, baixa absorção com alta necessidade do corpo desse nutriente (este que atua em funções essenciais para vida).
Como a vitamina B12 é responsável pela participação na produção de células sanguíneas, produção de energia, reparo do material genético, condução do impulso nervoso, dentre outros, no dia a dia, o organismo humano tem uma alta necessidade pela demanda real dessa vitamina. Um outro detalhe, é que o corpo não tem a capacidade de produção da cobalamina, ou seja, ela deve vir totalmente da alimentação e/ou suplementação.
No final, entendemos que o consumo/absorção está baixo e o uso pelo corpo está elevado, isso repercute ao longo do tempo com o déficit e, consequentemente, com o conjunto de sinais e sintomas que descrevemos.
Vale lembrar ainda que muitos medicamentos para tratamento do diabetes e para tratamento do refluxo gastroesofágico apresentam uma forte associação com a queda dessa vitamina no corpo. Por isso, cada dia mais se reforça o conceito para que as pessoas em tratamento medicamentoso desses problemas devem seguir com dosagem sanguínea da vitamina B12 de rotina para um possível diagnóstico precoce da deficiência. Assim, possíveis déficits são diagnosticados antes de sintomas claramente físicos. Algumas outras condições que com frequência estão associadas a deficiência da vitamina B12: cirurgia bariátrica (grandes perdas de peso), doenças inflamatórias intestinais, gastrite atrófica, gastrite autoimune e alto consumo de álcool.
A partir de então entendemos a importância de uma boa estratégia para manter o corpo exposto a esse nutriente. A grande vantagem é que podemos realizar via alimentação ou suplementação ou mesmo ambos, principalmente em casos mais marcantes de falta (durante um tratamento).
Como a vitamina B12 apresenta altos estoques no fígado, quando a pessoa começa a ficar exposta a menores quantidade, as reservas normalmente suportam em torno de 5 anos até que realmente os sintomas começam aparecer de fato. Ou seja, o corpo entende o tamanho da importância desse nutriente e, por isso, forma reservas tão expressivas. Na prática, vale sempre um seguimento mais claro com exames de sangue, principalmente para os grupos que sabemos da alta possibilidade de apresentarem um déficit.
Mais um conhecimento para você levar e ganhar em relação a sua saúde, afinal: A sua saúde é a sua primeira riqueza.
Fonte: Isto é – Dr. Guilherme Takassi