Escola faz homenagem para professora vítima de feminicídio no DF

Alunos, pais e funcionários da escola particular onde trabalhava a professora Denise Rodrigues de Oliveira, de 30 anos, vítima de feminicídio, fizeram uma homenagem para ela nesta terça-feira (12). Denise foi morta na manhã de segunda-feira (11) pelo namorado Adriel Muniz, de 29 anos, que tirou a própria vida após o assassinato.

Os alunos montaram um mural cartas sobre a professora. Além disso, flores foram colocadas próximas ao mural e pais e professores também soltaram 50 balões brancos.

Segundo colegas da escola Biângulo, Denise veio da Paraíba e morava sozinha no DF. Ela namorava Adriel há cerca de dois meses. Uma amiga disse que Denise tinha medo do namorado.

Relembre o crime

Pessoas presentes na homenagem para Denise Rodrigues de Oliveira oram juntos. — Foto: TV Globo
Pessoas presentes na homenagem para Denise Rodrigues de Oliveira oram juntos. — Foto: TV Globo

Na manhã de segunda-feira (11), funcionários da escola estranharam a falta da colega no trabalho. Por não ser comum, eles ligaram para uma amiga de Denise, que acionou o Corpo de Bombeiros.

Os militares foram até o apartamento da professora, em Vicente Pires. No local, encontraram o corpo dela e o corpo de Adriel sem vida. A Polícia Militar, que também foi chamada, disse que Denise foi morta com vários golpes de arma branca e que Ariel apresentava “indícios de suicídio”.

📌 Um vídeo de câmera de segurança registrou que Adriel Muniz estava perto do apartamento de Denise cerca de 2h antes do crime.

📌 Na noite anterior ao crime, Adriel, que era garçom, postou um vídeo em rede social falando que amizade entre ex-namorados não existe.

Feminicídios no DF

Vítima Denise Rodrigues de Oliveira, à esquerda, e suspeito do crime Adriel Muniz, à direita. — Foto: reprodução
Vítima Denise Rodrigues de Oliveira, à esquerda, e suspeito do crime Adriel Muniz, à direita. — Foto: reprodução

A morte de Denise é o 19° caso de feminicídio registrado no DF em 2024. Veja os casos:

  1. 10/01: Tainara Kellen, no Gama;
  2. 15/01: Diana Faria, em Ceilândia;
  3. 17/01: Antônia Maria da Silva Carvalho, no Recanto das Emas;
  4. 25/01: Milena Rodrigues, em Santa Maria; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
  5. 05/02: Erica Maria de Jesus, no Paranoá;
  6. 13/05: Simone Santos Ribeiro, no Itapoã;
  7. 25/05: Daniella Di Lorena Pelaes, no Jardim Botânico;
  8. 31/05: Zely Alves Curvos, de 94 anos, em Águas Claras;
  9. 15/06: Jania Delfina de Assis, na Estrutural;
  10. 17/07: Fernanda dos Santos Pereira, em São Sebastião;
  11. 06/08: Rosemeire Campos, no Gama;
  12. 12/08: mulher de identidade ainda não confirmada morre carbonizada na Estrutural; caso, inicialmente, foi registrado como homicídio;
  13. 20/08: Juliana Barboza Soares, no Gama;
  14. 25/08: Daíra dos Santos Rodrigues, no Itapoã;
  15. 28/08: Thaynara Iorrana da Silva Matheus, em Ceilândia;
  16. 30/09: Paloma Jenifer Santos Ferreira, em Vicente Pires;
  17. 20/10: Fabiane Araújo, em Taguatinga;
  18. 27/10: Jucelia dos Santos da Silva, no Sol Nascente;
  19. 11/11: Denise Rodrigues de Oliveira, em Vicente Pires.

Onde buscar ajuda

A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

Fonte: G1

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