Ex-companheira tramou assassinato de vigilante em Ceilândia

© Sinpol/DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encerrou a investigação do assassinato do vigilante Alexsandro Aires Carvalho de 42 anos e concluiu que cinco pessoas estão envolvidas no crime. Entre os suspeitos, estão a ex-companheira da vítima, Vitória da Silva, de 33 anos, e o atual namorado dela, Ricardo da Costa, de 29 anos. Alexsandro foi morto em Ceilândia no dia 15 de Abril deste ano.

As investigações apontaram que a morte ocorreu 50 dias após Alexsandro ter descoberto que Vitória e Ricardo tinham um caso. A vítima só teve ciência disso após flagrar os dois juntos na residência do casal.

Com a descoberta, Vitória saiu de casa e teria convencido Ricardo a planejar o crime. O casal pediu ajuda de um colega de trabalho, Weslei dos Santos, de 31 anos. Os três também atuavam como vigilantes de órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Saúde do DF.

O trio contratou um amigo de Weslei para a ação. Silvio Chaves de Oliveira, de 31 anos, executou Alexandro com 13 tiros. O homem teve auxílio de um comparsa que ainda não foi identificado.

Até agora, a PCDF só não conseguiu prender o rapaz que agiu com Silvio no dia do crime.

De acordo com a apuração, Alexsandro teria passado a procurar Vitória e Ricardo no local de trabalho deles, fato que gerou preocupação para os demais funcionários e chegou aos ouvidos de seus chefes. A suspeita, então, passou a induzir o atual namorado a matar a vítima. Para tanto, o fez acreditar que a Alexsandro estaria lhe perseguindo e que teria, inclusive, lhe ameaçado com uma arma de fogo.

O assassinato foi realizado no dia que Vitória retornaria de licença médica ao trabalho e que Ricardo entraria de férias.

Por erro na execução do crime, Silvio atingiu com um disparo de arma de fogo outro marceneiro que trabalhava no local. Ele sofreu lesões no primeiro dedo de sua mão esquerda.

Na hora do assassinato, Vitória estava trabalhando no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e Ricardo estava na casa de Weslei. Foi apurado que, momentos antes do crime, ela tinha mandado várias mensagens para a vítima pedindo para eles retomarem o relacionamento. No mesmo horário, havia conversado por telefone com Ricardo duas vezes.

A PCDF apontou ainda que Vitória esperava receber um seguro de vida de Alexsandro, avaliado em R$ 70 mil, além de herdar um pequeno patrimônio dele. Parte desses valores seriam repassados a Silva e Weslei.

Durante a investigação, foram apreendidas três armas de fogo, duas em posse de Ricardo e uma em posse de Weslei. As armas estavam regularizadas e registradas em nome dos respectivos proprietários e não foram utilizadas no crime.

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