Nas primeiras horas desta quinta-feira (28), investigadores da Divisão de Repressão a
Furtos II da Corpatri deflagraram a Operação Ódigos para dar cumprimento a 11 mandados
de prisão preventiva e 12 de buscas domiciliares.
De acordo com a Especializada, a investigação começou no final do ano de 2021 e visou
combater o furto e receptação de combustíveis no DF. Desde o início da pandemia, os preços
dos combustíveis subiram quase 50% e a procura por combustíveis mais baratos se tornou
uma constante, abrindo uma janela de oportunidades aos criminosos.
As distribuidoras e postos de gasolina são as principais vítimas e os prejuízos
aumentaram significativamente durante a crise sanitária. Preocupados, empresários do setor
alegam que o produto é subtraído antes de chegar no posto de gasolina.
As investigações revelaram que, apesar dos esforços dos empresários, que colocam
sistema de monitoramento nos caminhões, os criminosos tampam as câmeras para furtar os
combustíveis. Alguns deles, inclusive, usam crianças para burlar o sistema de
monitoramento. “Outra forma de furtar o produto é não esvaziar totalmente o tangue no
cliente. A sobra retirada é vendida para os receptadores, o que é proibido, segundo o Manual
Operacional de Postos da Petrobrás”, enfatiza o coordenador da Corpatri, delegado André
Luís Leite.
A DRF, desde 2019, já realizou duas operações de furto e receptação de combustíveis—
Dianomeas e S10—, num total de quase 35 presos. Apesar das operações realizadas, os
criminosos continuam praticando os crimes, revelando desprezo pelas investigações e
indiferença na atuação do Poder Judiciário.
“O combustível é furtado e depois vendido em galões, custando em média R$ 4.50, o
litro; valor esse, muito abaixo do preço de mercado. E ainda são estocados sem nenhum
controle, podendo afetar o meio ambiente, a saúde de diversas pessoas e correndo o risco de
explosão”, finaliza o delegado.
Os criminosos vão responder por associação criminosa, furto, receptação, crimes
contra ordem econômica e o meio ambiente. A penas aplicadas podem chegar a 10 anos.
Fonte: Assessoria de Comunicação/DGPC