A operação conjunta deflagrada nesta manhã pela Polícia Civil do Distrito Federal— PCDF, com apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios— MPDFT, é resultado de uma investigação iniciada há três anos pela Coordenação de Repressão às Drogas — Cord, a qual revelou a existência de complexa estrutura de uma organização criminosa sediada no Distrito Federal voltada ao tráfico de drogas.
Estão sendo cumpridos pelas equipes 14 mandados de prisão temporária contra líderes, integrantes e uma conselheira tutelar envolvida no grupo criminoso, além de 60 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo (1); Goiás (3); MS (9) e no Distrito Federal (47). Os agentes ainda cumprem 35 mandados de sequestro judicial de bens móveis— jet-skis, veículos e cinco imóveis; e, por fim, 21 bloqueios de contas bancárias.
A investigação identificou muitas movimentações financeiras realizadas por funcionários de uma oficina de lanternagem, de propriedade do líder do grupo criminoso, para contas de empresas e de pessoas físicas em áreas de fronteira com a Bolívia. Por meio da análise das transações, foi possível identificar denso núcleo de traficantes oriundos de Mirassol do Oeste/MT. Os investigados foram identificados como responsáveis por atos de logística do tráfico de drogas fornecendo transporte e batedores para os carregamentos.
A operação desta manhã (4), conta com a participação de um grupo composto por 330 policiais no total, integrantes da PCDF (todo efetivo da Divisão de Operações Especiais (DOE) e equipe da Divisão de Operações Aéreas (DOA)´, PMGO (Cod), PCSP(Deinter 4), PCMS (Denarc), PCMT (DRE), PCGO (regionais de Luziânia e Águas Lindas), para desarticular esse grupo criminoso indiciado por organização criminosa, tráfico de drogas interestadual, lavagem de dinheiro e práticas mafiosas como ações sociais para angariar o apoio da comunidade.
Até o momento, a Cord contabilizou um total de 15 prisões temporárias no DF e sete prisões em flagrante contra pessoas que não tinham mandados judiciais, destaca o delegado Paulo Francisco Pereira, diretor da Divisão de Repressão às Drogas II/Cord.