Muitas vezes, sintomas como obstrução nasal, coriza, espirro, dor de cabeça e tosse podem confundir com gripe, resfriado, sinusite ou rinite. Isso pode prejudicar a busca por tratamento adequado. Mas é fundamental saber a diferença entre rinite e sinusite para saber tratar, pois a automedicação é bastante frequente, agravando o problema em algumas situações. No início, o medicamento sintomático pode até melhorar as queixas, porém, um quadro agudo pode se tornar um problema crônico e trazer bem mais incômodo.
O recomendado é procurar um médico especialista para fazer o tratamento adequado para sinusite ou rinite, aguda ou crônica.
A sinusite é uma inflamação da via aérea na região da face, nas cavidades que se comunicam com o nariz e olhos. Essa área é conhecida como seios paranasais, daí o nome da doença. Ela costuma acontecer de maneira secundária, decorrente de uma inflamação respiratória, que pode ser viral ou alérgica, que bloqueia a drenagem de secreção pelo inchaço do canal de comunicação. Assim, os tratamentos sintomáticos, usados para a infecção inicial, param de funcionar.
A sinusite pode ser:
aguda: os sintomas permanecem por um período de até 12 semanas;
crônica: o problema persiste por mais de 12 semanas, podendo ser reincidente ou constante.
A rinite é uma inflamação da mucosa da garganta e do nariz, podendo se estender aos olhos e ouvidos. Causa muita coceira no nariz, lacrimejamento nos olhos, congestão nasal, coriza, espirros, dor e coceira na garganta. Tem diferentes origens. A mais comum é a rinite alérgica, causada pela exposição a substâncias alérgenas, como ácaro, fumaça de cigarro, pólen, poeira, fungos, produtos químicos, pelos de animais domésticos, entre outras. A doença pode aparecer em crianças ou na fase adulta, e tem a hereditariedade como fator de risco. Já o resfriado, que também é considerado uma rinite, tem origem viral. Esses casos costumam ser agudos, desaparecendo com o tratamento sintomático ou espontaneamente.
O resfriado é considerado rinite aguda e infecciosa, pois tem duração de 5 a 15 dias, já a rinite alérgica é crônica, aparecendo sempre que a pessoa entra em contato com um agente irritante.
A pessoa que apresenta inflamação crônica na mucosa nasal devido à alergia, pode se infectar com vírus e bactéria quando tem baixa imunidade ou por mudanças repentinas de temperatura por exemplo.
A principal diferença entre sinusite e rinite é o local onde elas acontecem. Enquanto a rinite é uma inflamação das fossas nasais, a sinusite acontece nos seios da face, em torno do nariz. Os sintomas de ambas podem confundir. É comum também a rinossinusite, ou seja, a pessoa tem rinite e sinusite simultaneamente.
Sintomas comuns da rinite:
espirros;
coceira intensa no nariz;
coriza, com secreção clara e abundante;
obstrução nasal;
coceira e lacrimejamento nos olhos;
irritação no ouvido, no céu da boca e na garganta;
sangramento nasal.
Já a sinusite pode apresentar os seguintes sintomas:
pressão ou dor na face;
redução ou perda do olfato;
dor de ouvido e no maxilar;
tosse;
febre;
inflamação na garganta;
mau hálito;
náusea;
fadiga.
Fatores de risco para rinite:
histórico familiar da doença;
existência de outras doenças alérgicas, como asma, conjuntivite e dermatites;
baixa imunidade;
tabagismo passivo;
variação de temperatura ambiente;
desvio de septo e outras deformações no nariz.
Fatores que podem aumentar o risco à sinusite:
pólipos nasais, que bloqueiam a passagem de ar do nariz para os seios da face;
reações alérgicas e alergias respiratórias crônicas;
desvio de septo nasal;
trauma na face, como a fratura de algum osso que contribua para obstrução das vias nasais;
baixa imunidade, inclusive, relacionada a doenças;
infecções odontológicas;
tabagismo passivo;
infecções respiratórias, como gripes e resfriados comuns.
O diagnóstico de rinite e sinusite pode ser clínico, com a avaliação dos sintomas e o exame físico realizado pelo médico. Em alguns casos, pode ser necessário fazer exames, como endoscopia nasal e tomografia de seios paranasais.
Dicas para evitar as crises:
evitar carpetes, cortinas, almofadas, tapetes ou qualquer outro item decorativo que possa acumular poeira;
retirar a poeira dos móveis regularmente, apenas com pano úmido. Evitar vassoura ou espanador, que podem espalhar ainda mais o pó;
manter os cômodos arejados para evitar a proliferação de fungos e ácaros;
usar máscaras durante a limpeza;
usar produtos sem perfume ou neutros;
trocar a roupa de cama uma vez por semana e colocar o colchão para arejar;
evitar ar livre em dias com muito vento;
inspirar vapores de ervas, como eucalipto e camomila;
evitar colocar o dedo no nariz, para não levar para a região microrganismos causadores de infecções
reforçar suas defesas com uma boa alimentação e atividade física;
beber bastante líquido;
neste período da seca, o uso de umidificador ou bacias com água dentro dos cômodos da casa para deixar o ambiente mais úmido
Algumas medidas para lidar com os sintomas:
aplicação de solução salina nas narinas para limpeza da secreção nasal;
uso de corticoide nasal;
corticoides orais ou injetáveis, quando os sintomas são mais intensos;
antialérgico em comprimido ou em spray nasal;
antibióticos, quando a sinusite é causada por bactérias;
procedimento cirúrgico para desobstrução da face.
A cirurgia, por exemplo, costuma ser recomendada apenas para os casos crônicos e persistentes, depois que outras medidas não foram eficientes.
Por Sanny