Na manhã desta quinta-feira (17), policiais da 9ª DP com apoio operacional da Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumprem 17 mandados judiciais. São cinco de prisões temporárias, cinco de buscas e apreensões e sete de sequestros de bens e valores. O objetivo da ação é desarticular uma associação criminosa que aplicou pelo menos 4 golpes em vítimas do Distrito Federal. Os criminosos se passavam por parentes das vítimas e pediam dinheiro no WhatsApp.
O grupo é composto por 5 indivíduos, todos eles moradores de Goiânia e jovens na faixa dos 25 anos. Dois deles eram os responsáveis pelo envio das mensagens e três pelo recebimento dos valores e posterior ocultação. A organização, primeiramente, coletava as informações nas redes sociais dos alvos selecionados.
Com a confecção do perfil social e identificação de parentes, os criminosos conseguiam descobrir seus telefones de contato. Esses dados têm sido vendidos na internet a partir de mega vazamentos de bancos de dados públicos e de operadoras de telefonia. Com toda essa informação, as vítimas eram contatadas e induzidas a fazer transferências aos criminosos que se passavam por algum parente, geralmente filhos e netos.
Vítimas e Prejuízos
No DF, foram localizadas 4 vítimas, com prejuízo de cerca de R$ 45 mil. Todas elas residentes no Lago Norte e Asa Sul.
Todos os envolvidos foram presos e imediatamente recambiados de Goiânia para o DF. Eles foram indiciados por quatro imputações de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro com somatório de penas em abstrato de 40 anos de reclusão.
“Esta é a décima operação deste ano e a terceira em Goiânia deflagrada pela 9a DP com o objetivo de combater essas espécies de fraudes eletrônicas. Tentamos demonstrar aos criminosos que buscar vítimas ligando para o DDD (61) não é um bom negócio. O aparente enriquecimento e ilusória impunidade vem seguida da forte repressão”.
“Temos percebido uma diminuição de registros desses crimes na nossa circunscrição e atribuímos esse fato às sistemáticas operações desenvolvidas durante esse ano e aos constantes alertas da PCDF à população no sentido de terem maior atenção antes de efetivarem repasses de valores a partir de contatos via WhatsApp”.