A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra os ataques anti-democráticos começou, oficialmente, nesta última terça-feira (14). De acordo com o presidente da comissão, deputado Chico Vigilante (PT), os trabalhos da CPI irão “mostrar a verdade” sobre os dias 12 de dezembro e 8 de janeiro em Brasília. Nesta primeira sessão, que ocorreu às 10h, foram aprovados nove nomes para serem ouvidos nas investigações.
Os requerimentos abrangiam os seguintes nomes:
- Ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Fernando Sousa Oliveira;
- Ex-comandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira;
- Ex-secretária da Inteligência da SSP-DF, Marília Ferreira de Alencar;
- Ex- secretário da SSP-DF e ex-ministro do Ministério da Justiça, Anderson Torres;
- Vândalo Antônio Cláudio Alves;
- Ex-secretário, Júlio Danilo Souza;
- Coronel da PMDF, Jorge Naime;
- Coronel da PMDF, Marcelo Casimiro;
- Coronel da PMDF, Jorge Henrique.
Além das convocações houve, por unanimidade, a aprovação da quebra de sigilo do vândalo Antônio Cláudio que quebrou o relógio Balthazar Martinot na invasão aos prédios dos Três Poderes e de Anderson Torres. Como acordado entre os sete integrantes da CPI, as sessões acontecerão todas às quintas-feiras durante o período entre 2 e 30 de março.
O presidente da comissão, Chico Vigilante, enfatiza que Anderson Torres ainda precisa responder muitas perguntas. Torres está também sendo investigado pela Polícia Federal (PF) desde que ocorreram os ataques. Ele segue preso no 4ª Batalhão da PM na região administrativa do Guará.
“Eu quero que o Anderson Torres explique como é que às 14 horas ele mandou um áudio pro governador do DF dizendo que estava tudo tranquilo e logo em seguida, às 16 horas, começou a destruição. Logo não estava as mil maravilhas com [como] ele disse. Ele vai ter que vir aqui explicar”, afirmou Chico.