Após reunião e atos em prol do reajuste salarial dos professores do Distrito Federal (DF) nesta terça-feira (14), o Sindicato dos Professores (Sinpro) aprovou mais uma assembleia geral com indicativo de greve para o dia 26 de abril. De acordo com um dos diretores do Sinpro, Samuel Fernandes, essa data pode ser adiantada caso o Governo do DF (GDF) ofereça alguma proposta ao sindicato. Ao todo, já são oito anos sem reajustes salariais para a categoria.
“Dentro das categorias de nível superior, nós temos hoje o menor salário. Hoje, um professor que entra na rede recebe menos que o piso nacional. Então, na capital do país, o professor que entra na rede pública vai receber o vencimento básico, um valor menor que o piso nacional”, afirmou Samuel.
O valor mínimo adotado pela União neste ano foi de R$ 4.420,55. A decisão foi publicada no dia 17 de janeiro, porém coube às unidades federativas editar ou não a remuneração para mais. O Sinpro alega que, no caso do DF, o piso está 4,3% abaixo do mínimo obrigatório adotado no país. A diferença chega a R$ 191,99.
Com esse panorama, a associação adotou um cronograma de mobilização para março e abril deste ano. Segue o calendário encaminhado à Atividade News:
Dentre as datas anunciadas, se destaca a Sessão Solene em comemoração ao aniversário, nesta terça-feira (14), do sindicato na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) no dia 23 de março às 19h30. A organização partiu do deputado Gabriel Magno (PT). A Atividade News entrou em contato com o assessor do deputado, Áureo Germano, para saber mais detalhes sobre o evento. No momento, o gabinete está organizando as pautas que serão discutidas na sessão.
Paralisações
Os professores da rede pública com esse cenário também paralisaram seus trabalhos para protestar e cobrar melhorias do setor no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), onde ocorreu a primeira reunião geral A campanha que os docentes têm levantado é a “Reestruturação da Carreira Já”. No caso, há três fatores principais abordados:
- Estruturação de um novo plano de carreira;
- Reajuste salarial;
- Revogação do Novo Ensino Médio implementado no país.
Devido aos protestos dos professores, os alunos da rede pública ficaram sem aulas nesta terça-feira (14). A Atividades procurou a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SES-DF) e foi informado que os alunos não serão prejudicados com a paralisação. “A aulas serão repostas durante o ano letivo, por aqueles professores que aderiram a greve”, disse uma das representantes de comunicação, Tainá Morais

