Um mineiro conhecido como “Portuga” foi preso, nesta última terça-feira (13), por suspeitas de participar de um esquema de golpes entre uma empresa de vales alimentação e uma rede de supermercados presente no DF. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os golpes geraram um prejuízo de mais de R$1,5 milhão. As investigações apontaram que “Portuga”, de 33 anos, estaria se beneficiando das fraudes para esbanjar com compras de luxo e uma viagem para Dubai.
Nas imagens compartilhadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), é possível ver fotos do suspeito e de sua companheira em viagens e eventos que seriam financiados pelos crimes. A polícia chegou a rastrear quatro endereços relacionados ao suspeito na região de Governador Valadares, em Minas Gerais (MG).
Na casa de “Portuga”, a equipe policial da região apreendeu telefones, computadores, munição de fuzil calibre 556, cartões, documentos bancários de outras pessoas e máquinas de pagamento eletrônicas. As apurações da polícia de MG e DF constataram que o indivíduo estava com a posse ilegal das munição. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG), o suspeito teria ficado com uma parte de R$400 mil das fraudes.
“Com esse dinheiro a gente percebeu que ele fazia viagens para outros países, participava de baladas e festas. Ele, realmente, curtia a vida com esse dinheiro furtado dos bancos. O resto dos valores foram distribuídos para outras pessoas”, afirma a corporação. O órgão ainda disse que esta não seria a primeira vez que o homem se envolve no mundo do crime. Há registros das seguintes ocorrências:
- Receptação;
- Estelionato;
- Formação de quadrilha.
A origem do esquema
A DRCC, que também investiga o caso, descobriu que o grupo atua desde 2021. Os dados coletados pelas equipes da polícia indicaram que o esquema começou após integrantes criarem uma conta falsa no nome do supermercado atacadista e invadirem o sistema de uma empresa de vales de alimentação. Logo no início da fraude, os suspeitos conseguiram substituir a conta original do supermercado pela a cópia do esquema.
As apurações levantaram que, em três dias, o grupo redirecionou R$1,5 milhão para a conta falsa e para outros indivíduos pelo Brasil, sendo a Capital Federal um dos destinos. Até o momento, quatro pessoas continuam sendo investigadas. Caso sejam levados a julgamento, podem responder por furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa.