Os testemunhos no caso da FTC contra a Microsoft nesta semana estão sendo bem reveladores para a indústria dos games. Enquanto grande parte das novidades envolvem Xbox e PlayStation, a Activision deixou escapar detalhes sobre o sucessor do Nintendo Switch.
Na quarta-feira (28), Bobby Kotick, o CEO da Activision Blizzard, contou durante o seu depoimento que a empresa cometeu um erro ao deixar a franquia Call of Duty fora do Switch. Além disso, ele disse que o próximo console da Nintendo terá performance similar ao Xbox One e PS4.
“Dado o alinhamento mais próximo com as plataformas de 8ª geração e as nossas ofertas anteriores no PS4 e Xbox One, é razoável assumir que podemos fazer algo atraente também para o Switch de próxima geração”, revelou o executivo, comentando sobre o futuro de Call of Duty nas plataformas da Nintendo.
Apesar de parecer estranho ver um console de nova geração com poder similar ao PS4 e Xbox One, é importante levar em conta o posicionamento de mercado da Nintendo. A empresa tende a apostar em produtos portáteis ou híbridos, entregando uma experiência diferenciada aos consumidores.
Considerando o poder de fogo da geração do PS4 e Xbox One, o sucessor do Switch deve conseguir entregar games com uma qualidade consideravelmente superior em relação ao console atual da Nintendo. É importante ressaltar, no entanto, que a empresa não confirmou as informações ou fez anúncios relacionados ao seu futuro produto.
Se arrependimento matasse
Além de falar sobre o futuro console da Nintendo, Kotick também trouxe detalhes sobre a ausência de Call of Duty no Nintendo Switch. O executivo revelou que acreditava que o Wii (que recebeu diversos títulos da Activision) era o console mais extraordinário já criado. Quando viu o protótipo do Switch, ele não confiou no potencial do aparelho híbrido e achou que ele não teria sucesso no que estava tentando realizar.
Durante o julgamento da FTC, o executivo admitiu que “subestimou” o Switch e se arrepende de não ter lançado Call of Duty para a plataforma. Atualmente, o CEO vê o portátil como o “segundo maior sistema da história”, ficando atrás apenas do Nintendo Wii em sua visão.
Vale relembrar que a Microsoft assinou um contrato de 10 anos com a Nintendo para garantir que Call of Duty volte para as plataformas da Nintendo no futuro. É claro que esse acordo passa a valer se a Microsoft conseguir completar a aquisição da Activision, algo que ainda não está garantido.
De qualquer forma, agora é de se esperar que Kotick leve essa franquia tão importante para as plataformas da Nintendo. A tendência é que isso aconteça mesmo se a aquisição não for permitida, tendo em vista os comentários que ele fez sobre o console híbrido e seu sucessor.
Até o momento, o Nintendo Switch vendeu nada menos do que 125 milhões de unidades ao redor do mundo, ficando para trás apenas do PlayStation 2, com 155 milhões de unidades e do Nintendo DS, com 154 milhões de unidades vendidas. Com números assim, fica fácil de entender o motivo da Activision ter se arrependido de não acreditar no que o Switch seria capaz.
Fonte: Tecmundo