Nesta terça-feira (4), a categoria da enfermagem volta ao trabalho no Distrito Federal. O fim da paralisação foi votada ontem (3). Apesar da decisão, os trabalhadores continuam em alerta de greve, isso é quando os profissionais seguem fazendo atos e comunicações sobre a causa.
No DF, durante os dias de paralisações, houve prejuízo no atendimento em diversas unidades de saúde. O serviço de vacinação chegou a ser suspenso em alguns locais. A greve durou seis dias. A categoria defendia o piso salarial, aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (30), com critérios.
Nesta terça-feira pela manhã, os trabalhadores realizam um ato no Museu da República. Na última segunda-feira, também houve protestos na Esplanada dos Ministérios. As imagens divulgadas pelo Sindicato de Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiros) mostram o momento em que policiais disparam jatos de pimenta e algemam um dos manifestantes. A abordagem ocorreu em frente ao Ministério da Saúde (MS) na praça dos Três Poderes.
A diretora do SindEnfermeiros, Ursula Batista, definiu o caso como uma agressão à categoria. “O nosso colega do Rio Grande do Norte (RN) foi detido e é assim que a enfermagem brasileira está sendo maltratada. Nós que éramos heróis, hoje somos vilões”, protesta Ursula.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirmou em nota que o manifestante teria desobedecido a ordem para liberar a via S1. “[Ele] Voltou a ocupar as vias desobstruídas e incitar outros manifestantes a fazerem o mesmo. Foi solicitado que ele liberasse a via, o manifestante desobedeceu o policial e o empurrou”, detalhou a PMDF.
A equipe da PMDF ainda reforçou que o homem detido, na verdade, não pertenceria à categoria da enfermagem. O que se sabe, até o momento, é que o manifestante foi preso e encaminhado para a 5ª DP da Asa Norte por desacato e desobediência.