Nesta sexta-feira (20), servidores da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) foram alvos de investigações pelo uso suspeito do sistema de localização de dispositivos móveis do órgão. A Polícia Federal (PF) afirmou que o sistema teria sido acessado várias vezes sem consentimento. A PF expediu, no Distrito Federal (DF), 17 mandados de busca, cinco mandados de afastamento e dois mandados de prisão preventiva.
Além do DF, outras cidades do Entorno, Sudeste e Sul também foram alvo da operação como Alexânia (GO), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Curitiba (PR), Maringá (PR), Florianópolis (SC), São José (SC) e Palhoça (SC). Nas demais regiões, foram no total oito mandados de busca.
As investigações da PF indicaram que dois servidores teriam usado chantagem para se beneficiarem dentro do caso. “Teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão”, detalhou a PF à Atividade News.
Em nota divulgada ainda nesta sexta-feira (20), a ABIN reforça que tem colaborado com as apurações da PF e as requisições do Supremo Tribunal Federal (STF). “A Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações”. Sobre o sistema utilizado, a ABIN reiterou que a plataforma deixou de ser usada em maio de 2021. O software foi adquirido no final de 2018.