Após a decisão conjunta do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), a greve geral no setor deve começar nesta quinta-feira (4). De acordo com o sindicato, a medida é para reivindicar a falta de reajuste no piso salarial e a reestruturação da carreira que há oito anos não teve uma correção. As negociações entre a corporação e o Governo do Distrito Federal (GDF) perduram desde a última paralisação, no dia 14 de março.
Além da greve nesta quinta-feira (4), está prevista uma nova assembleia da Sinpro-DF às 9h30 no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Em contato com um dos diretores do Sindicato, Samuel Fernandes, a expectativa de adesão é de pelo menos 80% dos professores da rede pública.
“Foi decidida a greve por ampla maioria em votação na última assembleia […]. A partir de amanhã que a gente vai ter os números [de pessoas que acataram] com maior clareza”, disse Samuel à Atividades News. Questionado sobre como está a situação financeira dos docentes, Samuel definiu como vergonhosa em plena Capital Federal.
O valor mínimo adotado pela União neste ano foi de R$ 4.420,55. A decisão foi publicada no dia 17 de janeiro, porém coube às unidades federativas editar ou não a remuneração para mais. O Sinpro alega que, no caso do DF, o piso está 4,3% abaixo do mínimo obrigatório adotado no país. A diferença chega a R$ 191,99.
Na última terça-feira (2), o Sinpro-DF se reuniu com os representantes da Secretaria de Economia e da Secretaria de Educação, Ney Ferraz e Hélvia Paranaguá, para discutir as solicitações da área. A equipe da Atividade News procurou a Secretaria de Educação para saber como estão os estudos do impacto financeiro caso seja dada às concessões. Mas, até o momento de publicação desta matéria não houve retorno.