Um bombeiro militar do Distrito Federal foi denunciado por agressão após pressionar o pescoço de uma vizinha contra a grade da quadra de esportes do condomínio. A briga foi na noite da quinta-feira (14), em Taguatinga, quando os filhos dos vizinhos jogavam futebol na quadra de esportes
Segundo Simone Ferreira Saraiva, o militar xingou o filho dela, de 11 anos, de “viadinho” porque ele caiu enquanto jogavam bola. Em depoimento à Polícia Civil, Germano Rodrigues da Silva – que é sargento reformado e tem 57 anos – negou que tenha xingado o menino, mas admitiu as agressões contra a mulher que ficou com o pescoço e o braço machucados
Simone contou que o filho desceu para o playground do prédio por volta das 17h para jogar futebol com o primo. O filho do sargento, de 8 anos, também participava da brincadeira.
Durante o jogo, o menino de 11 anos se machucou e o bombeiro teria dito pro menino chamar a mãe “porque não era homem“. Quando chegou na quadra de esportes, a mulher ouviu Germano xingando o filho dela.
“Seu filho é um viadinho, é um viadinho”, disse o bombeiro, segundo Simone.
Quando começou a defender o filho, a mulher diz que o militar começou a agredi-la, com enforcamento no pescoço e torcendo seu braço esquerdo para trás. Simone Ferreira Saraiva conta que quase desmaiou quando foi salva por um homem que estava cuidando de uma bebê de colo.
“Estou me sentindo a pior pessoa. Nunca imaginei passar por isso, ainda mais no quintal de casa”, diz Simone.
O que diz o militar
Segundo o bombeiro militar Germano Rodrigues da Silva, quando a criança caiu no chão, ele pediu que o menino levantasse e continuasse jogando porque “aquilo era jogo de homem“. O militar diz que em nenhum momento chamou o menino de “viadinho”.
Ele disse ainda que a vizinha apontou o dedo em sua cara e tentou, por duas vezes, dar tapas no rosto dele, mas que ele conseguiu “desviar das agressões”. Na delegacia, Germano disse que pressionou Simone pelo pescoço na grade para se defender.
O caso é investigado pela 17ª Delegacia de Polícia, de Taguatinga, como lesão corporal. O Corpo de Bombeiros disse que foi informado sobre o ocorrido que “e a conduta do militar está sendo apurada internamente pelos setores responsáveis da Corporação”.
“Reforçamos que somos totalmente contrários a condutas em desalinho com a legislação e que venham a ferir os preceitos da ética, moral e bons costumes”, diz nota dos bombeiros.
Fonte: G1