Câmara de Representantes dos EUA aprova restrição de importações de Xinjiang

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AFP/Arquivos

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira um projeto de lei que restringe as importações de produtos fabricados na região de Xinjiang, onde Washington acusa a China de impor “trabalhos forçados” à minoria muçulmana uigur.

Em um momento de escalada da tensão com Pequim, a Câmara aprovou com 428 votos a favor e um contra o texto que pede às empresas que demonstrem “com provas claras e convincentes” que nenhum bem importado a desta província foi produzido com trabalhos forçados.

Há alguns meses, o governo americano adotou restrições similares para algumas importações chinesas, incluindo materiais para painéis solares, em consequência da mesma questão.

“No momento, Pequim orquestra uma campanha de pressão brutal e acelerada contra o povo uigur e outras minorias muçulmanas”, declarou antes da votação a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.

“Em Xinjiang e em toda a China, milhões estão resistindo aos abusos escandalosos dos direitos humanos: vigilância em massa e polícia disciplinar, tortura em massa que inclui isolamentos solitários e esterilizações forçadas, intimidação de jornalistas e ativistas”, acrescentou.

“A exploração do trabalho forçado pelo governo chinês atravessa os oceanos até nossas costas e o mundo inteiro”, insistiu.

O Senado já havia aprovado uma medida similar e agora os textos devem ser conciliados. O projeto deve ser ratificado depois pelo presidente Joe Biden para se tornar lei e não está claro se tem o apoio da Casa Branca.

Grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que pelo menos um milhão de uigures e outras minorias estão internados em campos na região de Xinjiang (noroeste), onde Washington afirma que acontece um genocídio.

Pequim rejeita as acusações sobre os supostos abusos cometidos contra a minoria uigur e, depois de inicialmente negar sua existência, defendeu que os campos eram centros de treinamento voluntário para combater o extremismo radical.

Fonte: Isto É

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