As investigações da 6ª DP, responsável pelo caso da chacina em família, localizaram mais três corpos no Núcleo Rural Santos Dumont na região de Planaltina. Os corpos foram encontrados dentro de uma fossa seca nesta terça-feira (14). De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após a perícia, foi identificado que dois corpos são de Thiago Gabriel e de Cláudia Regina, parte da família. Até o momento, o caso já conta com nove vítimas mortas e com um corpo feminino sem ser reconhecido.
Com o avanço das apurações, além dos corpos, a polícia também conseguiu reconhecer nesta última segunda-feira (23) um quarto suspeito de auxiliar nos assassinatos. Se trata de Carloman dos Santos Nogueira. A corporação afirma que Carloman teria sido o executor das vítimas. “Digitais dele foram localizadas em vários locais do cativeiro e no veículo […]”, reforçou a PCDF. Carloman já possuía passagens pela polícia em 2018 por associação criminosa. No momento, o suspeito segue foragido.
Em relação aos outros três suspeitos de cometer o crime, todos estão à disposição da Justiça. O veículo de um deles foi achado no Paranoá Parque “em estado de abandono”. A chacina tem sido investigada pela equipe do delegado Ricardo Vianna desde o dia 14 de janeiro.
Os desaparecimentos começaram no último dia 12 de janeiro quando uma mulher de 39 anos e seus três filhos (dois meninos e uma menina) sumiram depois de ter ido a um passeio na casa da sogra no Itapoã à pedido do marido. Dias depois localizaram um carro carbonizado em Cristalina (GO) com os corpos das vítimas. Simultaneamente, outros familiares desapareceram e na segunda-feira (16) localizaram outro carro carbonizado na BR 251 com mais dois corpos.
O penúltimo corpo que foi encontrado e identificado na região do Vale do Sol, em Planaltina, no dia 18 de janeiro. O corpo era do avô das crianças, Marcos Antônio, que estava dentro de uma cova. As vítimas da chacina também chegaram a ser mantidas em cativeiro. Em uma análise do cativeiro, a PCDF achou anotações sobre as vítimas e suas contas bancárias, documentos e bilhetes dos executores. Em um deles, um executor escreveu à Thiago para atrair sua atenção até o local:
“Chef, como está seu dia? Vou precisar de ajuda urgente. Tiago tem como você vim que vou explicar o que aconteceu. Se puder vim hoje com a Liza e os meninos”, anotou o suspeito. O caso segue em investigação e não há mais atualizações sobre o caso.