Bauxita, energia elétrica, eucalipto e petróleo são matérias-primas que podem ser economizadas se o alumínio, o vidro, o papel e o plástico forem descartados da forma correta e reciclados. De acordo com dados do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a coleta seletiva – em que o lixo reciclável é coletado separadamente do orgânico – está presente em 27 regiões administrativas. O volume dos resíduos coletados pelas empresas contratadas é de 2.627 toneladas por mês.
Nos locais onde ainda não há o serviço, existem maneiras de os moradores descartarem o lixo de forma correta. Para isso, é só levar o material reciclável aos Pontos de Entrega Voluntária (PEV): 12 papa-entulhos e 344 papa-recicláveis espalhados pela cidade. Os endereços podem ser encontrados na página do SLU na internet.
O SLU também disponibiliza para a população o aplicativo SLU Coleta DF. Lá, além de encontrar todas as informações sobre coleta seletiva e os endereços dos PEVs, a pessoa interessada pode verificar os dias e horários, tanto da coleta seletiva quanto da convencional.
Parceria com cooperativas
O catador de recicláveis Mesac da Silva se arrisca a dizer que o brasiliense está aumentando sua conscientização sobre o descarte correto do lixo. Segundo ele, existem atualmente 42 cooperativas de catadores no DF. “Hoje fazemos a triagem de 200 toneladas de materiais reciclados na usina da L4 Sul”, explicou.
Já o volume total coletado por todas as cooperativas que prestam serviço ao GDF é de 345 toneladas por mês. O vidro tratado pelo grupo que ele representa é vendido direto para empresas de São Paulo.
Atualmente, o SLU tem contrato com 11 cooperativas para coleta seletiva e com 19 para prestação de serviços de triagem. As cooperativas participam atendendo às regiões de Santa Maria, Samambaia, Lago Norte, Varjão, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, São Sebastião, Cruzeiro Velho, Paranoá, Itapoã, Brazlândia, Candangolândia, Núcleo Bandeirante e Lago Norte.
Já as empresas contratadas para coleta atuam nos seguintes locais: Asa Sul, Asa Norte, Sudoeste/Octogonal; parte do Lago Norte; Ceilândia, Taguatinga, Gama, Recanto das Emas, Águas Claras, SCIA/Estrutural, SIA, Guará e Vicente Pires.
Lixo eletrônico
O descarte do lixo eletrônico no DF é realizado pelo programa Reciclotec, que, além de promover o descarte correto, separa os componentes dos eletroeletrônicos. De acordo com o responsável pelo programa, o subsecretário de Fomento à Informação, Anderson Freire, estão disponíveis para a população caixas coletoras em diversos pontos da cidade.
Elas podem ser encontradas em unidades do Sesc, estações do Metrô, unidades das Casas Bahia, supermercados Extra e administrações regionais. “Hoje temos um ponto para cada 15 mil habitantes. São cerca de 90 caixas de descarte”, contabiliza Freire.
Também são feitas campanhas pontuais para recolhimento de materiais em locais específicos da cidade. O recorde de recolhimento, segundo o subsecretário, foi numa ação realizada no Parque de Olhos D´Água, na Asa Norte, quando foram recolhidas sete toneladas de material eletroeletrônicos para reciclagem.