O Distrito Federal teve quatro mortes registradas por Covid-19 entre janeiro e fevereiro deste ano. Desde o início da pandemia, foram 12.032 óbitos e o número de casos confirmados chegou a 959.480. Os dados são do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do DF.
Nesta terça-feira (11), completam 5 anos do início das medidas restritivas no Distrito Federal para combater a disseminação da Covid-19. O governo do DF foi o primeiro do país a suspender aulas e eventos na pandemia (saiba mais abaixo).
Apesar de controlada, a doença ainda exige cuidados, dizem especialistas. O último boletim epidemiológico divulgado pelas pastas mostra que na semana entre os dias 16 e 22 de fevereiro, 642 casos foram notificados em Brasília.
A taxa de transmissão está em 1,22. Ou seja: cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 122.
“Na última semana, foram mais de 600 casos e vem crescendo, talvez pelas festas de fim de ano, férias. Temos que acompanhar. De forma geral, não tem nada crítico”, diz o professor e coordenador do Instituto de Física da Universidade de Brasília (UnB), Tarcísio Marciano da Rocha Filho.
De acordo com o pesquisador, desde que acabou a pandemia, o DF tem tido pequenos aumentos e quedas periódicas. “Nada importante. O grande responsável por esse controle é a imunidade que as pessoas adquiriram e, sobretudo, a vacina”, diz Tarcísio.
O professor reforça que a vacina protege a população. “O número de mortes é baixo, felizmente. A vacina contribui. Sempre aparecem variantes novas, porque é um vírus que muda bastante, e as vacinas vão se atualizando também. Então, acompanhar, sempre ter campanhas e estar atento às pesquisas científicas é muito importante”.
“A vacina pode salvar vidas. Seguir a ciência é extremamente importante”, diz o professor.
Governo do DF foi primeiro do país a adotar medidas restritivas
No dia 11 de março de 2020, o governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou a suspensão das aulas na rede pública e privada por cinco dias, e também eventos que exigiam licenças do governo do Distrito Federal, por causa do coronavírus. O GDF foi o primeiro a adotar medidas restritivas no país.
As medidas afetaram:
- Eventos, de qualquer natureza, que exigiam licença do poder público, com público superior a cem pessoas
- Atividades educacionais em todas as escolas, universidades e faculdades, das redes de ensino pública e privada
- Bares e restaurantes passaram a ter que observar uma distância mínima de 2m entre as mesas
- A determinação era que a medida seria “reavaliada a qualquer momento, até mesmo antes do prazo de cinco dias”
À época, o governador disse que a medida era para garantir uma análise das medidas a serem tomadas depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de Covid-19.
Em seguida, o governador decretou medidas de isolamento social que atingiram comércio e serviços.
Em novembro de 2021, o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 deixou de ser obrigatório em espaços ao ar livre, no Distrito Federal. O acessório, no entanto, permaneceu sendo exigido em locais fechados, como no transporte público.
Em 10 de março de 2022, o uso de máscaras deixou de ser obrigatório também em locais fechados.
Fonte: G1 DF