Em meio a tantos depoimentos em Brasília nesta quinta-feira (31), o indígena José Acácio Serere Xavante e o apoiador bolsonarista Armando Valentin Settin foram ouvidos na CPI dos ataques anti-democráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Tanto Serere quanto Valetim estão sendo investigados pelos ataques em dezembro do ano passado e janeiro deste ano. Ambos foram liberados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para depoimento nesta quinta-feira (31).
Serere, questionado pelos deputados sobre as “manifestações” na Capital, afirmou que eram situações “cívicas e pacíficas”. Serere, natural do estado de Mato Grosso (MT), teria vindo para Brasília por não acreditar nas urnas eletrônicas. O indígena ficou instalado no acampamento em frente ao QG do Exército.
De acordo com os deputados distritais, Hermeto (MDB) e Fábio Félix (PSOL), o depoente estaria mentindo ao contar versões que não condizem com a realidade. Em relação a Valentim, ele também se instalou no espaço. Durante o depoimento, Valentim disse que foi para o QG por ter a necessidade e ansiedade de estar lá.
A mesa diretora da CPI buscou respostas sobre as lideranças do QG e segundo depoente trouxe que não havia indivíduos voltados para essa função. Mas, reforçou que havia “pessoas querendo fazer coisas errado”. Com as alegações, o presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), deve encaminhar um pedido à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para um inquérito a respeito das versões de depoimentos dadas tanto à CLDF quanto à PCDF. Uma acareação também é avaliada.