Esquema do “cartório fake” é  investigado no DF; 12 mandados são expedidos pela polícia

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) afirma que o grupo investigado é um risco à "fé pública”. No momento, somente alguns envolvidos foram afastados de suas funções

Nesta quinta-feira (01), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu 12 mandados judiciais contra grileiros que teriam se passado por donos de um cartório para o parcelamento irregular de solo. As apurações da 30ª DP de São Sebastião indicaram que foi criado uma empresa de fachada, Cartório Digital, para facilitar os crimes. 

O grupo que seria composto por empresários, agentes públicos e advogados está sendo investigado também  em Goiás(GO) e São Paulo (SP). O delegado Ulysses Luz disse à Atividade News que, apesar da empresa não ter sido autenticada em um tabelião, o esquema tinha uma estrutura definida.

“Seus mentores estavam associados a Tabeliões de outros Estados, que autenticaram milhares de documentos sem que nunca tivessem qualquer contato com os originais”, afirmou a corporação. De acordo com a PCDF, o esquema é perigoso devido o risco de gerar os seguintes problemas: 

  • Abertura de contas e empréstimos em nome de outras pessoas;
  • Autenticação de diplomas falsos;
  • Inserção em concursos;
  • Atestados de óbitos para pessoas que estão vivas e em pleno exercício. 

Até o momento, uma equipe do Tabelião de São José do Rio Preto (SP) e seus auxiliares foram afastados, provisoriamente, do trabalho. Desde de 2022 que o grupo tem sido investigado pelo órgão de segurança. 

Caso os envolvidos sejam levados a julgamento, podem responder por corrupção passiva, falsidade ideológica, associação criminosa e parcelamento irregular de solo. As investigações continuam. A operação contou com o apoio da Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo e da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) e a Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP). 

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