Extorsão virtual: esquema que criava falsos anúncios em sites de prostituição é investigado após denúncia 

Uma das vítimas sofreu um prejuízo de R$600,00 ao ser ameaçada de morte caso não obedecesse ao grupo. Um dos suspeitos se passava por cafetão e faccionado

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Um grupo ligado a esquema de extorsão virtual foi alvo de uma operação nesta quarta-feira (20). Ao todo, cinco integrantes entraram na mira da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Os indivíduos foram localizados na cidade de Monte Claro, em Minas Gerais. 

As apurações indicam que os envolvidos atuavam em sites de acompanhantes ou garotas de programa. Os suspeitos fechavam uma diária com a vítima e começavam uma série de exigências com os valores do programa e do hotel. No total, um morador de Brasília perdeu R$600,00. 

Ele chegou a se deslocar a uma área de Taguatinga com as instruções dos integrantes. Segundo a vítima, de 31 anos, os indivíduos pediam cada vez mais dinheiro. Ao se negar a pagar, recebeu ameaças de morte. O grupo exigiu mais de R$1,5 mil. 

“Começou a receber mensagens ameaçadoras por WhatsApp, por um homem que se identificou como integrante do Primeiro Comando e afirmou ser o ‘cafetão’ da garota de programa”, afirmou a corporação ao portal Atividade News. 

O caso veio à tona em fevereiro deste ano, quando a vítima denunciou a situação. Até o momento, outras três pessoas foram lesadas pelo esquema na Capital Federal. A 15ªDP, de Ceilândia Centro, informou que as extorsões ocorriam também em outras regiões do Brasil. 

Organização do esquema

No esquema, há uma mulher, dois homens e outros dois laranjas que não tiveram suas identidades divulgadas. A dinâmica dos envolvidos era dividida nas seguintes tarefas:

  • Criação de anúncios falsos;
  • Operador de contas bancárias;
  • Alterador de números de telefone nos anúncios;
  • Fornecedores de dados para a lavagem de dinheiro. 

Os integrantes utilizavam técnicas avançadas de ocultação digital, como a troca frequente de números de telefone, o uso de múltiplos chips e e-mails falsos. “Um dos números usados nas ameaças chegou a ser cancelado dias antes do crime e reativado em nome de uma empresa, evidenciando tentativa deliberada de ocultar a autoria”, detalhou a 15ªDP. 

O caso continua em apuração para identificar possíveis novas vítimas e suspeitos de participar das extorsões. Até a publicação desta matéria, não há mais atualizações da ocorrência. 

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