O principal pastor envolvido em suposto esquema de golpes contra fiéis no Brasil foi transferido, na tarde desta quarta-feira (4), para Brasília. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o indivíduo estava sob responsabilidade da segurança do estado de Tocantins (TO). O suspeito, junto com a associação criminosa, teria movimentado R$156 milhões nos últimos anos com as falsas promessas de enriquecimento.
O trajeto do indivíduo entre TO e DF foi monitorado pela equipe da Divisão de Operações Aéreas (DOA). O falso profeta foi preso no dia 20 de setembro em meio a uma operação contra o esquema. Além do pastor, um outro suspeito também teve sua prisão preventiva cumprida. Os dois tiveram endereços inspecionados no DF, em Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Paraná (PR) e São Paulo (SP).
O grupo investigado desde 2022 teria aplicado os golpes por meio das redes sociais como Youtube, Telegram, Instagram ou Whatsapp. A PCDF disse que a associação convencia as vítimas, em sua maioria evangélicas, a investirem seus bens em operações e projetos sociais enganosos em troca de dinheiro fácil.
“ Foi detectada, por exemplo, a promessa de que somente com um depósito (‘aporte’) de R$25 as pessoas poderiam receber de volta nas ‘operações’ o valor de um octilhão de reais ou mesmo investir R$2 mil para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros”, explicou a corporação à Atividade News. O esquema teria feito cerca de 50 mil vítimas tanto no país quanto no exterior.
Em relação a estrutura do esquema de contas bancárias e empresas fantasmas, as apurações indicaram cerca de 44 empresas de fachada e mais de 800 contas em aberto. O grupo alegava estar registrado no Banco Central do Brasil (BACEN) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) para não levantar suspeitas. O caso continua em investigação para identificar mais indivíduos e vítimas.