O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta quinta-feira (24). A ação faz parte de uma operação desencadeada pela PCDF. Outros quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além de dois de prisão.


A Operação Nexum investiga um esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O principal alvo da operação, o mentor do esquema, é Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan.
Maciel coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo. Este ano, o líder do grupo já foi alvo de duas operações da PCDF: a Operação Succedere, em que se apurou a ocorrência de crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais; e a Operação Falso Coach que apurou o uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um “laranja”. Nessa ação, Maciel foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo.
Através de materiais apreendidos nas operações anteriores, foi iniciada uma nova investigação na qual se revelou um esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O objetivo era blindar o patrimônio dos envolvidos.
A investigação apontou que a associação criminosa usava um “testa de ferro” ou “laranja”, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas “fantasmas”, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas. De acordo com os elementos de prova, o principal investigado e um de seus comparsas fizeram nascer a falsa pessoa de Antônio Amancio Alves Mandarrari. A identidade falsa foi usada para abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.
Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas. Eles utilizam para isso dados de contadores sem o consentimento desses, inserindo declarações falsas.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em Santa Catarina. No Distrito Federal, as ordens foram cumpridas em Águas Claras, na Asa Sul e no Sudoeste. Em Santa Catarina, o mandado foi cumprido em Balneário Camboriú.
Até agora, apenas Maciel foi preso. O outro alvo do mandado de prisão contínua foragido. Ele também é procurado por crime de homicídio ocorrido em Planaltina, no Distrito Federal.