O pequeno Thomas Caitano Ribeiro de apenas de dois anos está internado, desde o último domingo (1), após ter sido picado por um escorpião enquanto dormia. De acordo com a mãe, a jornalista Adriana Caitano, Thomas passou por um procedimento de ecmo para ajudar a bombear sangue para o restante do corpo. Ele segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Águas Claras.
Apesar de toda a situação, Adriana se mostrou bem positiva com as pequenas reações de Thomas aos tratamentos. “O procedimento da ecmo deu certo, nenhuma complicação. Depois disso, a arritmia parou e os batimentos cardíacos se estabilizaram. Outra notícia boa é que os pulmões, que estavam encharcados, já estão limpos”, afirmou Adriana.
A clínica médica do Instituto de Neurologia de Goiânia, Erika Ximenes, explica que em casos graves, logo depois da picada, a criança pode apresentar os seguintes sintomas:
- náuseas;
- vômito;
- sudorese;
- aumento da frequência cardíaca;
- Dificuldade para falar e andar.
“Quando o escorpião pica, ele libera neurotoxinas que vão bloquear os canais de cálcio e potássio nas fibras nervosas do sistema nervoso. Aí vai ter uma liberação de neuro hormônios que vai atuar pelo corpo inteiro”, complementou a médica.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde (MS), em 2022, foram registrados 100 casos de acidentes com escorpiões no Distrito Federal (DF). O levantamento mostra que o nível de gravidade foi de leve (92) à moderado (8). Assim, não havendo nenhum dado para acidentes graves na região.
Levando em consideração todos os animais peçonhentos (serpente, aranha, escorpião e abelha), o DF teve 137 acidentes. Se comparado ao ano de 2021, os casos cresceram 83,94%. Passando de 22 para 137.
O MS recomenda que mães e pais busquem tomar medidas de prevenção como:
- Fechar bem o lixo;
- Dedetização da casa ou apartamento contra baratas;
- Manter o quintal limpo;
- Afastar camas e berços das paredes;
- Evitar que a roupa de cama ou mosqueteiro encoste no chão;
- Adotar as telas nos ralos, pias e tanques.
Em caso de picadas, o órgão sugere o atendimento emergencial por meio do SAMU (192), Corpo de Bombeiros (193), e o Pronto-Socorro (PS) mais próximo. No que se trata da fiscalização do local, entrar em contato com o serviço de Vigilância Ambiental do DF através do número (61) 2017-1343 ou pelo Disque Saúde 160.