A Casa Ieda Santos Delgado, lugar de apoio às vítimas de violência doméstica, foi desocupada nesta quarta-feira (21) por ordem do Governo do Distrito Federal (GDF). A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) cercou o espaço para auxiliar na retirada dos bens das mulheres que residiam no local. Todos os móveis foram empilhados na caçamba de um caminhão para transporte.
A notificação, para a desocupação da casa, teria chegado na última segunda-feira (19). Mas, os movimentos Olga e Correnteza, em prol da causa, se reuniram para protestar deste então. Apesar da resistência, a retirada foi realizada. De acordo com os movimentos, essa desocupação fere os direitos das mulheres. Em relação à justificativa de “riscos de desabamento”, as organizações afirmam não ser plausível.
“Ignoram os laudos e equipes de engenheiros e arquitetos que demonstram que não sofre nenhum risco”, dizem as organizações. A equipe da Atividade News entrou em contato com a assessoria da região do Guará para saber mais sobre as justificativas levadas em consideração para esta medida de fechamento.
A assessora, Nirvana Lima de Assumpção, informou que há dois fatores principais: o GDF tem uma decisão liminar para retirar as ocupantes do imóvel em virtude não só da ocupação irregular, mas em razão da situação do imóvel. O local também é uma parceria público-privada. No que tange às vítimas que dependem da Casa Ieda, Nirvana ainda completou que, juntamente com a notificação, foi requisitado que o nome das mulheres atendidas fossem encaminhadas a fim de serem realocadas para os órgãos especializados.