Três homens e uma mulher, que não tiveram as identidades divulgadas, foram presos após suspeitas de integrarem uma associação que aplicava golpes em Goiás (GO) e no Rio Grande do Sul (RS). Durante as buscas pelo quarteto, ainda foram apreendidos três veículos e R$ 1 milhão foram bloqueados de contas bancárias. Os suspeitos atuavam, de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), há mais de um ano. As prisões ocorreram na última sexta-feira (11).
As investigações da 16ª DP da região de Planaltina, que apura o caso, apontam um prejuízo de 5 milhões contra as vítimas em menos de três meses. As prisões ocorreram depois de denúncias de uma das pessoas enganadas. Segundo relatos à PCDF, a vítima teria sido abordada, via mensagens, com nudes.
Após o primeiro contato, o suspeito teria se passado como o pai do “menor” que encaminhou as imagens. O suposto responsável cobrava um valor para que não fosse feita uma denúncia formal contra a vítima. O golpe era tão bem estruturado que o bandido até cobrava pelo “tratamento psiquiátrico” e, posteriormente, pelo “sepultamento” do menor. A associação criminosa alegava que o adolescente fictício teria se matado.
O esquema envolvia desde uma falsa certidão de óbito até falsos policiais para persuadir a vítima. “Entra em cena os falsos policiais, os quais simulam estar em uma unidade policial para persuadir e extorquir a vítima, mais uma vez, agora sob a alegação de que iriam forjar provas e prender a envolvida por pedofilia”, afirmou a PCDF.
O delegado-chefe da 16ª DP, Diego Cavalcante, disse que o grupo já cometeu crimes por todo o Brasil e ainda faltam outros três suspeitos para serem identificados. O quarteto, nessa ocorrência, foi indiciado por 19 delitos de extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Até o momento, os suspeitos seguem à disposição da Justiça.
Por Glenielle Alves sob supervisão de Larisse Neves.