Governador do Rio Grande do Sul oficializa renúncia

31 de março de 2022 441 visualizações
Postado 2022/03/31 at 10:09 PM
Enquanto o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ainda tenta consolidar a candidatura de seu vice para manter a gestão tucana no Estado, o presidente Jair Bolsonaro, recém-filiado ao PL, pode ter dois palanques gaúchos: o do próprio partido, com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o do Progressistas, com o senador Luiz Carlos Heinze. Derrotado nas prévias presidenciais do PSDB, Leite passa a se dedicar agora à costura de uma aliança que possa atrair outras legendas em torno da candidatura de Ranolfo Vieira Júnior. Eleito vice-governador pelo PTB, ele migrou para o PSDB este ano, após sua antiga sigla se aproximar do presidente Jair Bolsonaro. Leite reiterou ao Estadão que não vai disputar a reeleição, e admitiu a possibilidade de os tucanos negociarem uma coligação mesmo sem ter a cabeça de chapa. "Ranolfo é, sem dúvida nenhuma, um quadro qualificado, tem todas as condições de representar o nosso projeto, mas não se impõe automaticamente", afirmou. Hoje, o PP de Heinze é parte da base aliada ao tucano, mas o governador destacou que não há hipótese de apoiar um candidato alinhado ao projeto bolsonarista. Desde a redemocratização, o Rio Grande do Sul nunca elegeu o mesmo partido duas vezes para comandar o Estado em sequência. Assim como nenhum governador foi reeleito. LULA No polo à esquerda, o PT já lançou a pré-campanha de Edegar Pretto e o PSOL, do vereador de Porto Alegre Pedro Ruas. Isso pode dar também ao petista Luiz Inácio Lula da Silva palanque duplo no Estado, com apoio do PCdoB, aliado tradicional. Embora flerte com a campanha de Lula, o PSB pretende lançar candidato próprio ao governo. Nesse caso, o principal nome colocado é do ex-deputado federal Beto Albuquerque. No PDT de Ciro Gomes, a dor de cabeça é o Grêmio. Nas palavras do presidente do PDT gaúcho, Pompeo de Matos, o candidato ideal ao governo seria o presidente do clube, Romildo Bolzan Júnior, que, antes de presidir a equipe, já era político. Mas o fraco desempenho da equipe, que pode cair para a Série B neste ano, tem assombrado a imagem de bom gestor que Romildo tinha em 2018. Os pedetistas trabalham com o nome de Vieira da Cunha como plano B. SARTORI O MDB, partido que mais governou o Estado após a redemocratização, tem dificuldade na escolha do nome. Membros do partido querem que o ex-governador José Ivo Sartori seja candidato ao governo, mas ele tem sinalizado que não pretende concorrer ao cargo que ocupou entre 2015-2019, mas, sim, tentar uma vaga ao Senado. Presidente do partido no RS, o deputado federal Alceu Moreira afirmou que o MDB concorrerá, mas aceitou adiar a decisão para fevereiro. Caso Sartori não aceite concorrer ao governo, o presidente da Assembleia Legislativa do RS, Gabriel Souza, é a alternativa colocada, ao lado de Moreira. Em 2018, Sartori garantiu o palanque para Bolsonaro no segundo turno e parte do MDB embarcou na campanha do atual presidente já no primeiro turno. Para 2022, o MDB diz que vai apoiar um candidato de centro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, oficializou sua renúncia do comando do estado nesta quinta-feira (31) para disputar as eleições de 2022. Contudo, o político gaúcho não informou qual cargo pretende disputar.

“Sigo no caminho do mesmo jeito, do meu jeito, com a verdade, transparência e serenidade. É cedo para dizer o que as próximas semanas me reservam, mas posso garantir que este percurso não será individual, será coletivo, enfrentando resistência e procurando respostas ao desafio que está colocado”, disse.

O governo do Rio Grande do Sul será assumido pelo vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior.

Eduardo Leite concorreu nas prévias para escolher o candidato do PSDB à Presidência da República. Ele foi derrotado pelo governador de São Paulo, João Dória. Com isso abriu diálogo com o PSD, mas anunciou que permaneceria no ninho tucano.

O nome do Leite foi ventilado como possível candidato da chamada “Terceira via”, grupos de partidos de direita que não se alinham nem ao presidente Jair Bolsonaro nem ao grupo que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outros nomes da disputa

O governador paulista, João Dória, chegou a anunciar hoje (31) que poderia desistir da candidatura à Presidência. Mas recuou e anunciou, à tarde, a renúncia ao comando do Palácio dos Bandeirantes e a continuidade de sua pré-candidatura à presidência.

O ex-juiz Sergio Moro, que também disputaria a presidência pelo Podemos, anunciou hoje sua desistência e filiação ao União Brasil (junção do DEM com o PSL).

Já o PMDB lançou o nome da senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata.

Fonte: Agência Brasil

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