Gripe aviária: 13 funcionários do Zoológico de Brasília são monitorados após contato com ave com sintomas

Secretaria de Saúde acompanha grupo por 10 dias; emu precisou ser sacrificado. Zoológico permanece fechado para visitação e material foi enviado a laboratório em SP

Zoológico de Brasília fechado neste sábado (14). — Foto: TV GLOBO/Reprodução

Treze funcionários do Zoológico de Brasília estão sendo monitorados após contato com um emu que apresentou sintomas de gripe aviária. A ave – nativa da Austrália – fazia parte do plantel do zoo e precisou ser sacrificada por causa do agravamento do quadro clínico.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o acompanhamento é feito por meio de contatos a cada dois dias para verificar sintomas. O monitoramento tem duração de 10 dias, contados a partir da última exposição ao animal. 

O material biológico do emu foi enviado para o laboratório de referência da gripe aviária, em Campinas (SP), onde será feito o exame para confirmar ou descartar a infecção. Até que o resultado seja divulgado, o Zoológico de Brasília segue fechado como medida de segurança. 

O caso não afeta o comércio exterior. Para as exportações de frango do Brasil, são levados em consideração apenas casos em granjas comerciais. 

Parque fechado há 17 dias

O parque está fechado desde o dia 28 de maio, após duas aves silvestres serem encontradas mortas. A influenza aviária foi confirmada em um Irerê, espécie de pato, no dia 3 de junho, após análises laboratoriais do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A outra ave, um pombo, não tinha a doença. 

Segundo a Secretaria de Agricultura, o bloqueio sanitário tem o objetivo de proteger os visitantes, funcionários e os próprios animais. 

“O Zoológico permanece interditado, garantindo assim a segurança dos animais, dos trabalhadores e dos visitantes”, disse o secretário de Agricultura, Rafael Bueno.

Reabertura adiada

A reabertura do Zoológico de Brasília, prevista para sexta-feira (13), foi adiada após a detecção de suspeita de influenza aviária em um emu do parque, que apresentou sintomas neurológicos. 

De acordo com a Seagri-DF, nenhuma outra ave ou animal do zoológico apresentou sinais clínicos ou alterações comportamentais até o momento, o que é considerado um indicativo positivo. 

Emu

Emus criados em Santa Bárbara d’Oeste, em imagem de arquivo — Foto: Yasmin Moscoski/ g1 

O emu é uma ave nativa da Austrália e é a segunda maior ave do mundo, ficando atrás apenas do avestruz. Ele pode chegar a 1,9 metro de altura e pesar entre 30 e 45 kg. 

O emu não voa, mas sua velocidade pode chegar a 50 km/h. 

O que é a gripe aviária?

A H5N1 é uma variante da Influenza A que afeta tanto aves quanto mamíferos. A transmissão para humanos ocorre por meio do contato com secreções de animais infectados, sendo a doença letal para ambos. 

Apesar da alta taxa de contaminação entre animais, não há evidências de transmissão da doença pelo consumo de ovos ou carne de aves e mamíferos contaminados.

Fonte: G1 DF

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