Grupo aplicava “Golpe dos nudes” no Distrito Federal

Foto: Reprodução Internet

Os policiais começaram os trabalhos investigando a ocorrência de uma vítima do DF que teria pago cerca de R$15 mil ao grupo. Durante as investigações, perceberam que o esquema era bem maior. Pelo menos outras 15 vítimas, espalhadas pelos estados de MG, MS, GO, SC, RS e MT, foram identificadas. Uma das vítimas chegou a pagar cerca de R$220 mil ao grupo. Outras optaram por não registrar ocorrência em seus estados por sentirem-se envergonhadas.

Os valores eram depositados de maneira fragmentada em dezenas de contas que depois eram concentradas num indivíduo central, alvo das buscas desta manhã.

COMO FUNCIONA O ESQUEMA?

Os criminosos selecionam nas redes sociais vítimas em potencial. Depois de escolher os alvos pela faixa etária e pelo status social, faziam contato por mensagem e iniciavam um assédio. Um criminoso passando-se por uma mulher bonita passa a fingir interesse, fazendo elogios e pedindo um contato de WhatsApp para conversarem de maneira mais reservada.

A vítima acabava caindo na armadilha e passava a manter conversas íntimas com a suposta mulher, acreditando tratar-se de outra adulta. Nessas conversas, a suposta mulher passa a enviar nudes e solicitar o mesmo. Depois que a vítima está completamente envolvida, os supostos pais da mulher aparecem e passam a dizer que a vítima estava conversando com uma adolescente de apenas 13 anos. Ameaçando escândalo, os criminosos passam a extorquir as vítimas, pedindo altas quantias para não procurarem a polícia.
Quando as vítimas resistem em fazer os depósitos, para dar credibilidade ao teatro, enviam vídeos nos quais os supostos pai/mãe da menina estão na Polícia falando com o Delegado. Outras vezes, os criminosos também ligam fingindo ser da própria Polícia e solicitam o dinheiro para arquivar a ocorrência. Quando as vítimas efetuam o pagamento de altos valores, os criminosos enviam um vídeo no qual quebram um celular com martelo, dizendo que o aparelho seria da suposta mulher e a vítima poderia ficar tranquila, pois a mensagem teria sido destruída.

Criminosos produziam vídeos e encaminhavam para as vítimas na tentativa de ameaçá-las

Os mesmos vídeos já foram usados diversas vezes por outros grupos presos. Eles são comprados na internet e usados por outros grupos no mesmo modus operandi. Em que pese outras operações da Polícia Civil, ainda existem vítimas caindo na mesma história.

Quando as vítimas resistem em fazer os depósitos, para dar credibilidade ao teatro, enviam vídeos nos quais os supostos pai/mãe da menina estão na Polícia falando com o Delegado
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