Juízes são vítimas de golpe em aluguel de imóveis de luxo no DF; polícia cumpre mandados

5ª DP, localizada na Asa Norte, é responsável por registrar ocorrências e investigar crimes cometidos na área central de Brasília — Foto: Ricardo Moreira / G1

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), uma operação que investiga um grupo suspeito de golpes de estelionato voltados para o aluguel de imóveis de luxo na capital (veja detalhes abaixo).

Conforme apurado pela TV Globo, um dos investigados é Victor Rodrigues de Menezes. A empresa usada por ele para dar os golpes era a VM Inteligência Imobiliária.

Segundo as investigações, as vítimas são juízes recém-empossados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que tiveram prejuízos ao tentarem alugar imóveis para o curso de formação inicial da magistratura. A Polícia Civil já identificou 23 vítimas e prejuízo de R$ 135 mil.

Esquema

Os investigadores apontam que os suspeitos se apresentavam como corretores de imóveis e usavam um CNPJ válido em sites de locação ou em indicações de grupos de WhatsApp. Os valores cobrados nos alugueis variavam entre R$ 4,7 mil e R$ 5,5 mil, de acordo com as apurações.

Para realizar a locação, as vítimas precisavam apresentar uma série de documento aos golpistas: RG, CPF, comprovante de residência, e, em alguns casos, fotos pessoais. O objetivo seria a elaboração de contratos, assinados eletronicamente por um dos suspeitos.

A Polícia Civil afirma que as vítimas descobriam que tinham sido enganadas ao chegarem aos locais e descobrirem que os imóveis já eram ocupados por outras pessoas. Ao ser questionado, o suspeito alegava que ele tinha sido vítima de um estelionato e que iria fazer o reembolso dos valores. Em seguida, ele sumia.

Os investigadores dizem que, para fugir da Polícia, Victor criava perfis falsos, usava aplicativos criptografados para comunicação e trocava constantemente as informações pessoais e bancárias.

Operação Delusio

Os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão no Gama e no Lago Sul. Cerca de R$ 260 mil foram bloqueados para ressarcir as vítimas.

Os alvos podem responder por estelionato e lavagem de dinheiro. Se condenados, eles podem pegar mais de 20 anos de prisão. A operação desta quinta-feira é coordenada pela 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.

Fonte: G1

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