Lulu Santos chega aos 70 com sólida turnê de relevância pop

Foto: Reprodução

homenageado pelo Altas Horas, no dia 6 de maio.

Sobre o tema que escolheu como nome da turnê, a classificação de sua voz, Lulu diz em um texto de divulgação: “Admiti tardiamente várias coisas importantes sobre mim, entre elas o fato de ser um barítono, cantor de tessitura vocal grave. Desde que ‘assumi’ essa condição, como costuma acontecer com essas coisas, facilitou enormemente minha vida e arte. Sou barítono com paixão, gosto dos graves, gosto de como minha voz soa nesta região”. Ele falou sobre o disco Acústico: “O primeiro passo foi em 2000 quando gravei e lancei o álbum Acústico. Ali, por conforto e sabedoria, baixei um tom de boa parte do repertório e funcionou perfeitamente. Agora, 20 anos depois, percebi que, se baixasse mais um tom, algumas canções voltariam a ser cantáveis sem sobressaltos ou esforço”.

Analista

É curioso também vê-lo como jurado do The Voice, o programa que escolhe pessoas aptas a seguirem em suas carreiras artísticas levando em consideração aquilo que mostram em suas performances. “O que nos faz girar a cadeira é a sensação, o arrepio, o algo novo. Não é exatamente a qualidade técnica de um cantor ou cantora.” O The Voice, um dos cases de sucesso da emissora, flagra o ponto que realmente importa. “Nunca serão candidatos ou candidatas ruins, porque existe uma pré-seleção, mas procuramos por aqueles que se destacam.” Esse destaque pode explicar muita coisa.

Há cantores e cantoras que são artistas e cantores e cantoras que são apenas cantores e cantoras. E isso nem sempre impede uma carreira de acontecer. Mas testemunhar esse processo e identificar onde está o ponto em que a chave vira, ainda que esse sentimento não tenha sido nomeado, é o grande charme do programa. Não é a estridência, a quantidade de melismas, o uso de outros recursos vocais nem a performance de um candidato o que está em jogo. É a profundidade da emoção que ele provoca e a forma como consegue sustentá-la e até inverter seus registros, transitando da nostalgia para o êxtase, por exemplo, naqueles poucos instantes em que está em cena. Lulu analisa o que sabe fazer.

Casado com Clebson, 38 anos mais jovem, o artista renova seu público com regravações que recebe em muitas frentes. Uma das mais recentes veio dos DJs e produtores Scarlatelli, BARC e Reeis. Eles usaram Sábado à Noite, do álbum Calendário, de 1999, para criar um remix. A divulgação do trabalho diz: “Eles entregam uma versão mais funky, preservando os vocais. É leve, nostálgica, atemporal e deliciosamente dançante”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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