Microsoft cria IA generativa para serviços de espionagem dos EUA

8 de maio de 2024 64 visualizações
Postado 2024/05/08 at 9:22 AM
Imagem: Getty Images/Reprodução

Microsoft desenvolveu um modelo de inteligência artificial (IA) generativa para agências de inteligência dos Estados Unidos que opera totalmente offline, aumentando a segurança ao analisar informações sigilosas. Detalhes da ferramenta foram revelados pela Bloomberg nesta terça-feira (7).

Baseada no modelo de linguagem GPT-4 da OpenAI, da qual a Microsoft é investidora, a solução funciona de forma semelhante a robôs virtuais como ChatGPT e Copilot. Ela é capaz de processar dados fornecidos de diferentes fontes, mas não depende da internet para trabalhar, enquanto as outras tecnologias precisam se conectar a serviços na nuvem.

Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.

    Especula-se que a CIA esteja entre as agências que podem usar a IA generativa espiã.Especula-se que a CIA esteja entre as agências que podem usar a IA generativa espiã.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

    Com essa característica, o bot para espiões pode analisar informações ultrassecretas de maneira mais segura, reduzindo os riscos de violações, interceptações e vazamentos. Ainda sem nome definido, o modelo modificado do GPT-4 foi desenvolvido ao longo de 18 meses em um supercomputador de IA.

    “Esta é a primeira vez que temos uma versão isolada — isso significa não conectada à internet — e está em uma rede especial que só é acessível pelo governo dos EUA”, declarou o diretor de tecnologia para missões estratégicas da Microsoft, William Chappell, à publicação. Mesmo com a separação, a solução funcionou, segundo o executivo.

    Limitações do bot espião

    Ativado na última semana, o serviço de IA generativa espião da Microsoft já está disponível para cerca de 10 mil funcionários de agências de inteligência americanas. No entanto, o relatório alerta para algumas limitações da tecnologia, devido à sua atuação isolada da internet.

    Durante a análise de dados, a ferramenta pode gerar resumos imprecisos, conclusões duvidosas ou fornecer informações confusas aos espiões, o que seria mitigado com acesso a fontes externas. Assim, há riscos de que a ferramenta engane as agências de inteligência, caso não seja utilizada de maneira adequada, como destaca o ArsTechnica.

      No ano passado, a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) revelou planos de ter um bot semelhante ao ChatGPT. Não se sabe se este novo recurso da Microsoft tem relação com os esforços da agência, embora haja rumores sugerindo se tratar de projetos separados.

      Fonte: Tecmundo

      Compartilhar esse Artigo
      Pesquisar