O Ministério da Saúde, confirmou, nesta terça-feira (12), mais três casos de varíola dos macacos (“monkeypox”). Com os diagnósticos, a capital passa a ter quatro infecções pela doença.
As informações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde. De acordo com a pasta, todos pacientes são homens, com idade entre 20 e 39 anos.
Os diagnosticados, segundo a secretaria, “estão em isolamento domiciliar, passam bem e seguem monitorados pela equipe de vigilância epidemiológica”. Além disso, a pasta informou que há outros três casos suspeitos em investigação.
O primeiro paciente que teve o diagnóstico confirmado é um homem entre 30 e 39 anos, com histórico de viagem internacional recente. A suspeita do caso foi anunciada em 1° de julho e confirmada no dia seguinte.
Orientações
Ativar som
Varíola dos macacos: o que você precisa saber
A secretaria emitiu uma nota técnica aos profissionais de saúde das redes pública e privada, com orientações para tratamento e manejo da doença. Segundo o comunicado, pacientes com suspeita da varíola dos macacos devem ser mantidos em áreas separadas, até receber atendimento.
Também precisam usar máscara cirúrgica, desde o momento em que forem identificados na triagem. A orientação é de que, caso a pessoa esteja “em bom estado geral”, não há necessidade de internação.
Os pacientes devem cumprir isolamento domiciliar. Em seguida, as amostras colhidas serão encaminhadas para análise do Laboratório Central (Lacen).
Prevenção ao contágio
A nota técnica da Secretaria de Saúde ainda orienta que profissionais da saúde evitem contágio entre si. A recomendação da pasta é de que sejam implementadas medidas de prevenção e controle de infecção nas unidades de saúde.
“Os serviços de saúde devem elaborar, disponibilizar de forma escrita e manter disponíveis, normas e rotinas dos procedimentos envolvidos na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de Monkeypox”.
Portanto, as unidades devem informar:
- Fluxo dos pacientes dentro do serviço de saúde
- Procedimento de colocação e retirada de equipamento de proteção individual (EPI)
- Procedimento de remoção e processamento de roupas, artigos e produtos usados na assistência
- Rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies
- Rotinas para remoção dos resíduos
- Rotina de transporte dos pacientes
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva
Fonte: G1