Depois de 17 anos de procura, o reencontro entre mãe biológica e filha finalmente aconteceu. A técnica de enfermagem Gecica Gael Miquett, de 34 anos, moradora do Distrito Federal, passou quase duas décadas em busca de Irla Maria de Oliveira, de 64 anos.
Agora, elas estão juntas novamente (veja vídeo acima). Gecica, que é servidora da Secretaria de Saúde do DF, conta que procurava a mãe em bancos de dados.
O reencontro ocorreu em uma data especial: 31 de julho do ano passado, dia do aniversário de Irla, que mora na região do Sol Nascente. No entanto, a confirmação de ela é, realmente, a mãe biológica de Gecica só ocorreu em agosto deste ano, após um mutirão da Defensoria Pública (DPDF).
Persistência
Gecica conta que começou a procurar por suas origens quando tinha 17 anos. Na época, seus pais adotivos tinham morrido.
A técnica de enfermagem só tinha três pistas deixadas pela mãe adotiva:
- O nome completo da mãe biológica;
- A data do nascimento da mãe biológica;
- O estado de origem da mãe biológica, o Piauí.
“Fui buscar nos hospitais, fui nos arquivos públicos, fui buscar informações nos possíveis locais, em rádios, e nada, não conseguia. Já tinha pensado que ela até tinha falecido, fui até à Polícia Civil, no sudoeste. Fui em muitos lugares”, conta Gecica.
No entanto, Gecica não desistiu. Ao buscar pelo nome de Irla nos bancos de dados, diz que sempre encontrava três mulheres com nomes parecidos, mas nenhuma do Piauí.
Depois de 17 anos, apareceu um quarto nome. Uma Irla Maria, do Piauí.
Gecica conta que criou coragem e ligou para o número que de telefone que havia conseguido. Quem atendeu foi o irmão caçula, que ela ainda nem sabia que tinha.
Para que filha tivesse ‘uma vida melhor’
Gecica foi a primeira filha de Irla. À TV Globo, a mulher contou que entregou a menina para uma família conhecida “que poderia oferecer à menina uma vida com mais condições”. Gecica diz que em nenhum momento guardou rancor.
“Eu pude ser criada pela melhor família que existe. da mesma forma, fui recebida por ela 35 anos depois com muito carinho, amor, respeito”, diz Gecica.
Irla diz que o reencontro com a filha, depois de tanto tempo, foi “destino”. Segundo a mulher, nem o tempo distante reduziu o vínculo redescoberto.
“Isso aí é o que eu chamo de destino, porque a gente combina muito. A gente ri junto, parece que a gente nunca se separou”, conta Irla, ao falar sobre a filha.
Fonte: G1