O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta terça-feira (19) na abertura anual da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente falou durante 21 minutos e cobrou dos países ricos o combate à pobreza e soluções para as questões climáticas.
“É preciso antes de tudo vencer a resignação que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade falta vontade política daqueles que governam o mundo.”, afirmou Lula.
O chefe do executivo brasileiro defendeu a liberdade de imprensa, criticou o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os regimes totalitários. Lula dedicou ainda parte do discurso para denunciar a incapacidade coletiva no combate às guerras, citando o conflito na Ucrânia.
O presidente brasileiro foi muito aplaudido quando defendeu a Amazônia. A fala do presidente na 78ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, foi bem avaliada por analistas brasileiros e internacionais, além de diplomatas do Itamaraty. Alguns chegaram a dizer que foi um discurso de estadistas, principalmente, quando comparado com as participações do ex-presidente Bolsonaro.
A última vez que Lula participou do evento da ONU foi há 14 anos. Segundo analistas, Lula reafirmou os princípios que sempre balizaram a política internacional do país. Pregou o fim da fome no planeta, com investimentos dos países ricos. Para ele, o mundo investe muito mais em armas do que no combate à falta de alimentos. A crise climática e a defesa da Amazônia foram outros pontos destacados.
Repercutiu muito também as críticas aos regimes autoritários. E a cobrança da vontade política para resolver a crise climática e os conflitos armados. No final, deixou a impressão de normalidade na condução do país.