Seis organizações não-governamentais (ONG´s) de proteção animal entraram na Justiça para proibir a venda de animais em plataformas de comércio online como OLX e Mercado Livre. As entidades alegam que não existe qualquer tipo de fiscalização na comercialização feita nesses espaços.
As duas plataformas juntas somam quase 330 mil anúncios de animais. Na Ação Civil Pública, as ONG´s pedem ainda a remoção imediata dos anúncios até o julgamento final da causa.
As organizações acreditam que a prática é perigosa e antiética. Os animais seriam equiparados a mercadorias. Os anúncios são, geralmente, de filhotes de cães e gatos de raça. Contudo, pássaros, cavalos e até animais silvestres também podem ser encontrados na lista dos dois e-commerce
Segundo Ana Paula de Vasconcelos, diretora jurídica do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o avanço civilizatório é incompatível com os maus tratos aos animais e por isso, é vedado expressamente nossa Constituição Federal. “Dessa forma, proibir a venda de animais como se fossem meros objetos é medida necessária para a construção de uma sociedade mais justa e solidária para todas as formas de vida”, complementa.