Nas primeiras horas desta quarta-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou o cumprimento de 22 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão para reprimir crimes de furto e roubo de veículos, principalmente furtos de motocicletas no Distrito Federal.
Cerca de 200 policiais participam da operação para cumprir os mandados nas cidades de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Riacho Fundo. Ações também foram realizadas no Entorno do DF, em Luziânia, Águas Lindas e Valparaíso, além de Correntina/BA e outras cidades adjacentes da Bahia e Piauí, onde houve apoio da polícia civil local.
A ação ocorreu a partir do levantamento de dados sobre o aumento dos crimes de furto de veículos praticado por um grupo criminoso organizado, especializado em subtrair motocicletas, fabricadas nos últimos dois anos, que circulam principalmente na região do Plano Piloto de Brasília.
De acordo com as apurações, o grupo é formado por cerca de 24 pessoas, cada uma com funções bem definidas na organização, compreendendo furtadores, adulteradores de sinais identificadores, pesquisadores, “plaqueiros”, transportadores, receptadores e operadores financeiros.
“Após a subtração, as motocicletas eram ocultadas em diversos locais (esfriamento), adulteradas em seus sinais identificadores (placas, chassis) e, em seguida, transportadas para outras unidades da Federação, sobretudo para cidades dos Estados da Bahia e do Piauí”, destaca o delegado André Luís Leite, coordenador da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri).
As investigações tiveram início em 2021, mas foram intensificadas em 2022, culminando com mais de um ano e meio de investigações, sendo elucidadas, até o presente momento, mais de 30 ocorrências policiais.
A maioria dos investigados têm entre 20 e 50 anos e já possuem antecedentes criminais.
“A Polícia civil do Distrito Federal apurou que o grupo movimentou mais de meio milhão de reais em um ano e acredita que o desmantelamento do grupo causará redução nos índices de furto de veículos no Distrito Federal”, afirma o coordenador da Corpatri.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, adulteração de sinais identificadores, receptação e lavagem de capitais, podendo pegar penas que superam os 20 anos de reclusão.