Uma operação, coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), cumpriu na manhã desta quinta-feira (9) 33 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Bahia. A ação visa apurar fraudes no concurso público da Polícia Penal do Distrito Federal.
Os agentes públicos já recolheram documentos, aparelhos de telefonia celular dos suspeitos e outras provas, com o objetivo de subsidiar as investigações em curso.

Na ação de hoje, a Polícia Civil do Estado de Pernambuco (PCPE) deu apoio operacional com o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão nas cidades de Recife e região metropolitana, Caruarú, Toritama e Vitória de Santo Antão. Já a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil da Paraíba (PCPB) atuou no cumprimento de dois mandados nas cidades de João Pessoa e Campina Grande. Uma equipe da PCDF deslocou até a cidade de Jacobina, na Bahia, onde realizou a busca em um endereço e outra equipe do DF realizou busca na capital federal.

240 policiais civis participaram das diligências. A investigação teve início a partir de informações repassadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE) que constataram, por meio de levantamentos, de que alguns candidatos teriam burlado o concurso e se beneficiado indevidamente para a aprovação no certame.
A operação é mais uma da série de investigações realizadas desde o ano de 2015 pela PCDF sobre fraudes que buscam a aprovação de candidatos em concursos públicos. Em operações anteriores, também foram identificadas fraudes nos concursos públicos do Superior Tribunal deJustiça (STF), do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), da Secretaria de Educação do DF (SEDF), Secretaria de Saúde do DF (SSDF), e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Ministério Público da União (MPU).

Ao todo, mais de 70 pessoas já foram indiciadas, entre membros da organização criminosa, responsáveis pelas fraudes, pessoas que prestaram algum tipo de auxílio e funcionários públicos aprovados irregularmente em concursos.
Caso seja comprovada a fraude, os envolvidos poderão responder pelos crimes de fraude a certame de interesse público, organização criminosa e falsificação de documento público, com penas que, somadas, chegam a 15 anos de prisão.

