Nesta quarta-feira (28), começou a paralisação da enfermagem em prol do piso salarial da categoria no Distrito Federal (DF). A Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que 70% dos enfermeiros da rede pública aderiram à greve. Em nota, o órgão escreveu ser simpatizante à causa, desde que a população não fique sem assistência já que os outros 30% continuam na linha de frente dos atendimentos.
O Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiros) tem protestado contra a votação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) do piso no Supremo Tribunal Federal (STF). O setor vê a movimentação como uma perda para a categoria.
“Todas as teses são maléficas para a aplicação integral do piso. Os ministros Gilmar e Toffoli, por exemplo, passaram a responsabilidade do pagamento do piso para a União”, afirma o sindicato. A diretora da associação, Ursula Batista, explica que esse redirecionamento faz com que a União não precise pagar o piso se não houver fundos para ressarcir a categoria. Nesse caso, não há obrigatoriedade de pagá-lo.
Além do repasse para a União, outros dois pontos viraram foco de preocupação para a enfermagem. São as possibilidades de:
- A regionalização do piso;
- A vinculação do piso com base no cumprimento de 44h semanais de trabalho.
Na agenda da greve, ficou marcado um ato na Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), PO 700, para esta quinta-feira (29) às 10h. A ação é para forçar o Governo do Distrito Federal (GDF) a preencher os formulários de quem deve receber o piso e encaminhar ao Ministério da Saúde (MS). A paralisação está prevista para continuar até sexta-feira (30), quando a votação no STF termina.