População em situação de rua recebe dose de reforço contra a covid-19

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Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A aplicação de doses de reforço de vacinas contra a covid-19 para pessoas em situação de rua foi intensificada. A primeira ação intersetorial ocorreu nesta quarta-feira (5) no Centro Pop da Asa Sul, unidade da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) especializada no atendimento a esse público. Somente hoje, foram 55 vacinas aplicadas. Mais atividades do tipo devem ocorrer nas próximas semanas.

“É uma ação para chegar até essas pessoas. Eles geralmente só procuram a rede de saúde quando estão em situação mais grave e também não têm informações de onde há a vacina. Aqui no Centro Pop é um espaço onde eles já buscam normalmente”, explicou o enfermeiro Rodrigo Silva, que integra a equipe do Consultório na Rua da Secretaria de Saúde.

A vacinação também conta com o apoio do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), desenvolvido pela Sedes em parceria com o Instituto Ipês, que levou pessoas em situação de rua para a vacinação.

É o caso de Ana Paula Sousa. Ela foi até o Centro Pop almoçar e atualizou a carteira de vacinação. “Protege e previne muitas coisas. Para, caso pegue o vírus, ele não venha mais forte”, disse. “Eu escolhi me vacinar para me proteger dessa doença, que está muito intensa e não acabou ainda”, completou Adeilson Rodrigues, que foi ao Centro Pop fazer cadastro para programas sociais.

A campanha de vacinação da população em situação de rua teve como prioridade o uso do imunizante da Janssen. A maioria dos vacinados do Centro Pop recebeu o reforço dessa vacina, porém havia disponibilidade dos imunizantes da AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer-BioNTech para quem iniciou o esquema vacinal com outro imunizante, precisava receber a segunda dose ou recebeu a primeira dose apenas hoje.

Um dos desafios da equipe da Secretaria de Saúde é identificar a história vacinal de cada cidadão atendido no Centro Pop, pois muitos não possuem mais o cartão de vacina, não lembram qual imunizante receberam ou estavam sem a documentação completa.

“A gente procura no sistema, faz busca no e-SUS, no TrackCare e no sistema da Sedes. Tudo para essa pessoa ter acesso à vacinação”, afirmou a psicóloga Fernanda Botelho, da Secretaria de Saúde e responsável pelo acolhimento. O segundo desafio é o esclarecimento. “A gente informa o básico, o que é a vacina. Minimizamos os receios e as dúvidas. Reforçamos a necessidade do autocuidado”, finalizou a psicóloga.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Agência Brasília

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