Após suspeitas de abuso nos preços dos combustíveis, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fiscalizou os postos da região nesta sexta-feira (3). Segundo a corporação, a operação buscou impedir a formação de cartel e manipulação artificial de preços de combustíveis. Se confirmado a prática, os envolvidos podem pegar de 2 a 8 anos por cada crime.
A vistoria veio dois dias depois que foi anunciado um novo reajuste nos combustíveis pelo Governo Federal e pela própria Petrobras. O Governo retornou com os impostos do Pis/Cofins que geraram aumento de R$ 0,47 para a gasolina e R$0,02 para o etanol. Já no caso da Petrobras (refinaria), o valor de produção reduziu, respectivamente, para: R$ -0,13 (gasolina) e R$ -0,08 (diesel).
Com as alterações das instituições, as distribuidoras também inflaram a cobrança para a revenda aos postos. A gasolina, na última quarta-feira (1), chegou a R$6,00. Devido a esse comportamento, o Sindicato do Comércio Varejista dos Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis) acusou, dessa vez, as distribuidoras por práticas abusivas com os postos.
O presidente do sindicato, Paulo Roberto Correa Tavares, explicou que esse comportamento também refletiu no valor estabelecido para o etanol. Com o retorno dos tributos PIS/Cofins sobre os combustíveis, a taxa é de R$0,02. Mas, a revenda chegou a pedir R$0,32 a mais pelo produto. Paulo Roberto disse à Atividade News que entrou em contato com o Ministério Público.
“[…] diversas denúncias e informações quanto aos ajustes de preços praticados por esta companhia à rede revendedora, onde os números apresentados nos causam extrema preocupação e estranheza”, afirmou Paulo. Caso as distribuidoras não esclarecessem o motivo dos preços ao Sindicato, uma denúncia formal seria realizada no Ministério Público.