Praia Grande decreta situação de emergência em saúde pública contra a dengue

A Prefeitura de Praia Grande, no litoral de São Paulo, decretou situação de emergência em saúde pública para a dengue. Segundo a administração municipal, serão adotadas novas medidas de combate à doença e proliferação do mosquito Aedes aegypti por seis meses.

O decreto, assinado nesta sexta-feira (8), permite a adoção de medidas administrativas necessárias a fim do enfrentamento das arboviroses urbanas. Além disso, a publicação institui um Centro de Enfrentamento das Arboviroses Urbanas de Praia Grande (CEAU-PG).

Entre as ações, está autorizado o ingresso sem prévia autorização dos proprietários em imóveis públicos ou particulares, em casos de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso do agente.

Além disso, se necessário, será dispensada a necessidade de licitações para aquisição de bens, profissionais e serviços destinados ao combate da doença. Fora isso, também poderá ocorrer a solicitação de colaboradores e equipamentos de outras secretarias para desenvolver ações em conjunto.

Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue, Zika e febre amarela — Foto: Freepik
Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya, dengue, Zika e febre amarela — Foto: Freepik

Centro de Enfrentamento

A primeira reunião do CEAU-PG, instituído a partir da assinatura do decreto, foi realizada na sexta-feira (8). O grupo reúne diversas secretarias, instituições de saúde e órgãos públicos para a intensificação de atividades educativas junto à população.

No encontro, foi apresentado um panorama do cenário atual da dengue no município e foram debatidas as medidas para ampliar a divulgação e educação em saúde para prevenção à proliferação do mosquito. Segundo a administração, o grupo irá se reunir com frequência para intensificar as ações adotadas no município.

Medidas

A administração ainda reiterou que, durante todo o ano, os agentes de combate às endemias estão percorrendo os bairros e visitando as residências para a realização do bloqueio de criadouros e orientação à população para evitar o surgimento de locais propícios para a proliferação do mosquito.

Entre os dois primeiros meses deste ano, mais de 18 mil imóveis foram vistoriados e 6,3 mil focos de dengue eliminados. Os locais vistoriados também incluem obras e pontos estratégicos, casos de cemitério, desmanche de veículos, borracharias e locais de reciclagem de materiais.

A administração ainda realiza o trabalho de nebulização em áreas de casos confirmados, além de atividades as campanhas educativas nas unidades de saúde e nas escolas municipais, por meio da Divisão de Saúde Ambiental.

Na última segunda-feira (4), mais de 260 profissionais de saúde da rede pública e privada participaram de uma capacitação sobre o manejo clínico sobre casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya. A medida busca aprimorar o atendimento e condução dos profissionais nos casos suspeitos.

Fonte: G1

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