Quadrilha furtava caminhonetes de alto luxo para trocar por drogas na fronteira

Pelo menos, 20 pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (13) durante uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em furtos de caminhonetes de alto luxo. As prisões foram registradas no Distrito Federal e em Fortaleza, no Ceará. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o bando agia de forma interestadual.

Ainda há agentes nas ruas. No total, o poder judiciário expediu 13 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 32 de busca e apreensão, além do sequestro dos valores custodiados em contas bancárias e instituições financeiras das contas vinculadas aos indiciados, até o limite de R$ 7 milhões.

As investigações começaram no Distrito Federal, mas a cúpula do grupo é de Fortaleza. A Polícia percebeu o aumento, no DF, dos índices de furto de caminhonete do segmento de picapes médias de luxo. O trabalho de apuração durou cerca de um ano. Ao que tudo indica, os veículos furtados eram submetidos a processo de adulteração dos sinais identificadores antes de serem levados para outras Unidades da Federação que possuem fronteira com países responsáveis pelo cultivo de matéria-prima utilizada na fabricação de drogas ilícitas, onde eram trocados geralmente por
cocaína e maconha.

A quadrilha também comercializava peças e itens após o desmanche.

Dados
Em 2023, a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) investigou e desarticulou uma associação criminosa que foi responsável, entre os meses de dezembro de 2022 e abril de 2023, pelo furto qualificado de 22 caminhonetes de alto luxo, sendo nove furtadas na Asa Sul, quatro em Águas Claras, quatro no estacionamento na área do Aeroporto Internacional de Brasília, duas em um shopping na área do Guará e três na Região Central de Brasília.

A prática de furtos retornou em 2024. Em quatro meses, de julho a dezembro do ano passado, foram subtraídas 29 caminhonetes, sendo nove em Águas Claras, 12 em Taguatinga, duas em Ceilândia, três na região do Plano Piloto, uma em Vicente Pires, uma no Gama e uma em Pirenópolis, no interior de Goiás.

O valor de mercado dos veículos procurados pela organização criminosa varia de R$ 220 mil a R$ 600 mil, conforme a tabela fornecida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Desde o início das apurações, foram recuperados 11 veículos do tipo caminhonete de alto luxo, sendo quatro localizados em regiões fronteiriças do Estado de Mato Grosso do Sul, três no Estado de Goiás e quatro no Distrito Federal.

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