Em uma investigação contra esquema de fraudes bancárias e lavagem de dinheiro, 11 investigados tiveram mais de R$24,6 milhões em bens bloqueados. Ao todo, foram sete veículos, sete imóveis, oito objetos eletrônicos e ativos financeiros alvos da 18ªDP de Brazlândia.
Esta já é a terceira fase da operação que ficou conhecida como “Rainha do Gado”. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ficou cerca de 18 meses em processo de monitoramento e apuração. O esquema se resumia em conseguir empréstimos fraudulentos com juros reduzidos em bancos.
As investigações indicam que o grupo recebia ajuda de gerentes bancários. Eles cobravam entre 5% a 20% do valor liberado. A corporação afirmou ao portal Atividade News que os investigados também usavam documentos falsos para inflar a margem de crédito dos beneficiários e enganar as instituições financeiras.
O grupo contava com três frentes de organização. Foram os seguintes papéis:
- Corretores: aliciavam clientes e ofereciam os empréstimos fraudulentos;
- Fraudadores: produziam os documentos falsificados necessários para viabilizar os créditos;
- Intimidadores: coagiam os clientes que tentavam desistir, utilizando conexões com criminosos de histórico violento.
A líder da organização foi presa na primeira fase da operação em junho deste ano. Ela teria atuado na manipulação de documentos por meio de programas de computador. Em relação a movimentação financeira, em cinco anos, R$ 54 milhões foram movimentados no esquema.
“R$ 32 milhões identificados na primeira fase da operação e outros R$ 12 milhões rastreados recentemente”, detalhou a PCDF. Se os demais envolvidos forem presos, podem responder pelos crimes abaixo:
- Organização criminosa;
- Lavagem de dinheiro;
- Crimes contra o sistema financeiro.
As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e ampliar a recuperação de recursos desviados. Até o momento, não há mais atualizações das atividades da operação.

