Quem tem o passaporte para entrar na sua vida?

Uma reflexão sobre a qualidade dos nossos parceiros no campo afetivo amoroso

Um vídeo no Instagram e as várias ocorrências sobre feminicídio desde o início do ano me fizeram escolher o tema da nossa coluna semanal. Um assunto tão necessário e importante, que surtei quando me dei conta que ainda não havíamos conversado sobre algo que acompanha praticamente toda a nossa vida adulta ou parte dela: os relacionamentos.

Apesar do direito constitucional sobre dissoluções de relacionamento existir há algum tempo, a mulher que pedia pela separação ou divórcio era vista como leviana ou como alguém que não respeitava o valor da família. Muitas de nós, para não passar por todas as etapas burocráticas de uma separação e ainda sofrer as consequências da opinião da sociedade sobre o rompimento, fomos sentenciadas a uma vida infeliz, e muitas vezes, cruel.

O mundo mudou. Apesar da sociedade ainda ter alguns problemas na aceitação da nossa nova condição no mundo, os nossos direitos têm sido mais respeitados.

Segundo uma pesquisa da rede de comunicação CNN em 2021, os pedidos de divórcio em 70% são iniciados por mulheres.

A pesquisa ainda diz que a duração dos relacionamentos amorosos caiu. Antes, eles duravam por volta de 17 anos. Agora, o tempo foi reduzido para 13 anos, o que deixa quase óbvio o que está acontecendo com as relações.

O tempo limite de tolerância para certas questões que afetam diretamente o convívio a dois está diminuindo. Deixamos de aceitar ou tolerar muitos comportamentos ou acabamos optando por nossos próprios interesses em algum momento da vida. É óbvio que existem outros fatores, mas se analisarmos junto ao percentual de mulheres que decidem pôr fim a uma relação, podemos, de certa forma, concluir que muitas de nós acabamos desistindo de relacionamentos falidos.

Mas, muitas vezes, os términos não são tão bem aceitos. Segundo Luiz Hanns, doutor em psicologia clínica, constatou-se que 50% dos homens não estão preparados para o fim de um relacionamento.

Essa informação se confirma, após um ano conturbado de feminicídios em nosso país e o avanço dos números que preocupam a população feminina.

Nunca foi tão sério escolher um parceiro. Nunca foi tão sério sabermos mais sobre as pessoas que levamos para dentro das nossas vidas, casa e coração.

Relacionamentos possuem alta influência sobre todas as áreas da nossa vida, concorda?

Atinge diretamente nossa vida pessoal, profissional, propósitos, sonhos, metas, programações, sonhos, espiritualidade, saúde, família e outros campos que uma vez que alguém entra, automaticamente, qualquer um desses aspectos são compartilhados.

Eu tenho certeza que você conhece pelo menos uma ou mais mulheres na sua rede de relacionamento que se priva ou muda totalmente o trajeto da vida, por se empenhar para uma relação ou por uma família. E não que isso seja errado. Se essa é uma escolha consciente, a dedicação de uma mulher a uma família deve ser aplaudida, pois de fato elas nos inspiram sobre o altruísmo e o amor.

Mas, quando essa dedicação vira uma prisão ou sacrifício, não há como não pensar em uma balança desigual de doação, dedicação e trabalho.

Muitas vezes, a pausa na carreira, dos sonhos e objetivos é algo natural dentro do senso comum da sociedade. E isso não é ocasionado por que alguém nos obriga, mas por que nós, mulheres, não conseguimos ser de outra forma quando o assunto é “família”.

Não conseguimos fazer diferente, pois o amor de uma mãe à sua família, realmente tende a superar ao amor dos sonhos pessoais. O que muda, é a tal da qualidade do parceiro, sabe? Quem está do seu lado, vai saber dividir a responsa e as pausas necessárias com você?

Por isso, nunca foi tão importante analisarmos bem quem permitimos que entre nas nossas vidas. Essa escolha faz total diferença nos nossos próximos passos e, muitas vezes, na realidade, muda a rota e o destino da nossa vida como um todo. E infelizmente para algumas, torna-se fatal. Já pensou nisso?

E você, já anotou no caderno da vida os pré-requisitos dos candidatos a visitante do seu mundo?

Escolha com sabedoria!

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Hisis Hortênia | QG Mulher Loja Colaborativa de Mulheres

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