O cardápio a ser servido na merenda escolar no próximo ano letivo foi testado numa pesquisa de degustação, feita com 240 estudantes da rede pública de ensino entre os dias 22 e 24 de novembro. Eles comeram os preparos e depois responderam uma pesquisa em que opinavam: “adorei”; “gostei”; “indiferente”; “não gostei”; e “detestei”.
Ao compilar as respostas, a Diretoria de Alimentação Escolar descobriu que salada de frutas, frango grelhado com farofa de couve e ovo, carne moída com arroz, peixe com arroz e pão com carne moída, nessa ordem de preferência, passaram com louvor pelo gosto dos “clientes”.
O teste foi aplicado em quatro escolas da rede pública de ensino: Escola Classe 203 e Centro Educacional 113, ambas no Recanto das Emas; Centro Educacional 07, em Taguatinga; e Centro Educacional 619, em Samambaia. Após cada refeição, os estudantes preenchiam a ficha em que classificaram sua preferência.
A salada de frutas foi a favorita dos estudantes, obtendo aprovação de 100%. Já o frango grelhado com farofa de couve e ovo recebeu 97,1% de aprovação, seguido da carne moída com arroz, com 96% de validação. O peixe com arroz foi apontado positivamente com 89,6% e o pão com carne moída teve 81,6% de votos entre “gostei” e “adorei”.
As preparações bobó de peixe e estrogonofe de frango, de maneira geral, foram reprovadas pelos estudantes por obterem classificação considerada insuficiente: 78,8% e 76,2%, respectivamente.
Para entrar no novo cardápio, o prato deveria ter somatório maior ou igual a 85% de aceitação, considerando as marcações nas opções “adorei” e “gostei”, seguindo as diretrizes do Manual de Teste de Aceitabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Para a diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do DF, Fernanda Melo, o teste é uma oportunidade para a secretaria, juntamente com as escolas, trabalhar questões como desperdício de alimentos e realizar ajustes técnicos naquelas unidades escolares onde o teste não atingiu o percentual de 85%.
“Primeiramente, será feita uma análise dos motivos para a rejeição dos pratos. Algumas variáveis podem influenciar o resultado, como o horário de oferta da refeição, hábito alimentar local, influência da resposta dos pares, falta de hábito daquele tipo de preparação”, explica Melo.
Ainda segundo a diretora, as preparações reprovadas deverão ser testadas novamente em outras unidades escolares para confirmar sua “desclassificação” do cardápio de 2022. “A educação alimentar e nutricional será planejada para serem trabalhadas com toda a rede pública de ensino sobre o protagonismo da escola na formação de hábitos alimentares saudáveis”, argumenta.
A alimentação escolar na rede pública de ensino atende 430 mil estudantes em todo o DF. Por ano, são servidas mais de 84 milhões de refeições e distribuídos aproximadamente 746 toneladas mensais de alimentos, em 59 diferentes tipos de produtos.
*Com informações da Secretaria de Educação do DF
Fonte: Agência Brasília